Mafra adjudica exploração e construção do complexo desportivo em parque da Ericeira



O município de Mafra decidiu hoje entregar à empresa MSDB Investments Lda a conceção, construção e exploração do futuro complexo desportivo do Parque Verde Urbano da Ericeira, com um investimento estimado em 2,5 milhões de euros.

O valor do investimento previsto pela empresa foi indicado por uma fonte municipal, questionada pela agência Lusa.

A proposta de contrato de adjudicação, a que a Lusa teve acesso, foi aprovada por unanimidade em reunião pública do executivo municipal.

O investidor dispõe de um prazo de três meses para submeter a esta autarquia do distrito de Lisboa o projeto de execução, enquanto o município dispõe de um prazo que não pode exceder os nove meses para se pronunciar, segundo a proposta.

Após o fim das obras, o proponente tem depois um prazo de dois meses para abrir e iniciar a exploração do complexo desportivo.

A empresa vai pagar uma renda anual de 24 mil euros.

No final de junho, a Assembleia Municipal de Mafra aprovou lançar o concurso de conceção, construção e exploração do futuro complexo desportivo.

“O Parque Verde Urbano da Ericeira irá trazer uma nova centralidade ao entorno urbanístico da vila da Ericeira, dotando a região de uma infraestrutura que reforça a resposta a necessidades sociais, educativas, recreativas e de sustentabilidade”, lê-se na proposta então viabilizada.

Além de requalificar a fauna e a flora originais, o projeto tem como objetivo “dotar o espaço de equipamentos que sirvam a comunidade e promovam o bem-estar”, dispondo de serviços e equipamentos que fomentem um estilo de vida mais ativo e saudável e combatam o sedentarismo e a solidão.

O projeto compreende um plano de revitalização ecológica e paisagística para a área e de desenvolvimento de infraestruturas desportivas.

Numa área de 12 hectares do antigo parque de campismo, o parque verde vai ter zonas de lazer como espaço de jogo e recreio para crianças, parque de merendas, parque canino, anfiteatro, café e restaurante e zonas desportivas com campos de padel, ténis, futebol e basquetebol secretaria e balneários.

A concessão é feita por 20 anos, “período expectável para a amortização do investimento” a efetuar.

A zona a concessionar vai ter seis campos de padel, dois de ténis e um de pickleball a serem pagos pelos utilizadores, bem como um campo de basquetebol e outro de futebol e uma pista de skate e de bicicleta, de uso gratuito, além de balneários e um restaurante/bar.

A autarquia vai lançar “em breve” a concurso o projeto para a área restante do futuro Parque Verde Urbano, com uma intervenção na zona do pinhal e a criação do parque de estacionamento.

Em 2023, a autarquia reduziu o parque de campismo de 18 para seis hectares, reservando os restantes 12 hectares, correspondentes à zona mais próxima da malha urbana da vila, ao futuro parque.

Todos os utilizadores do parque com tendas, caravanas, ‘mobilehomes’ ou outros foram obrigados a retirar os equipamentos e a saírem para o espaço entrar em obras. Reabriu no verão do ano passado com normas de funcionamento diferentes das que existiam.





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