COP29: Fundação Fé e Cooperação apela a maior ambição no combate às alterações climáticas



A Fundação Fé e Cooperação (FEC) considera que a COP29, que hoje começa no Azerbaijão, “é a oportunidade que os líderes mundiais têm para assumir compromissos mais ambiciosos no combate às alterações climáticas”.

Para a FEC, organismo criado pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) e Federação Nacional dos Institutos Religiosos (FNIS), em 1990, “a ação climática, quando alinhada com objetivos sociais e económicos mais abrangentes, pode ser um forte impulsionador da redução da pobreza e de promoção do desenvolvimento sustentável e inclusivo”.

“O combate às alterações climáticas implica não apenas a proteção do ambiente, mas também a criação de oportunidades para um mundo mais inclusivo e próspero, que promove a melhoria das condições de vida, o trabalho digno, a equidade e coesão social e os direitos humanos”, defende a FEC, em nota enviada à agência Lusa.

Para este organismo, “a justiça ambiental e a justiça social devem andar de mãos dadas para colmatar os impactos nefastos das alterações climáticas a todos os níveis, bem como para a mobilização e compromisso necessários para uma real transformação”.

“Para serem coerentes, as políticas públicas devem assegurar que o fardo e os custos das alterações climáticas são partilhados de forma justa e responsável, com especial atenção à necessidade de apoiar países mais afetados e com menor resiliência e capacidade de resposta, bem como de ajudar e empoderar as comunidades mais vulneráveis para poderem aspirar a uma vida digna no pleno respeito pelos Direitos Humanos e pelos limites do planeta”, acrescenta.

A Fundação apresenta na nota um conjunto de recomendações aos participantes na cimeira das Nações Unidas sobre alterações climáticas, como destaque para a “eliminação urgente dos combustíveis fósseis e acelerar uma transição energética justa para energias renováveis”, a “operacionalização do Fundo Perdas e Danos destinado aos países mais vulneráveis” ou a “eliminação de práticas incoerentes com os objetivos que se pretendem atingir, como os subsídios aos combustíveis fósseis, os projetos poluentes e de alta intensidade carbónica, as práticas empresariais lesivas do ambiente e dos direitos ambientais e sociais, a fuga de carbono e o ‘dumping’ climático”.

A COP29 decorre em Baku, capital do Azerbaijão, até 22 de novembro, com a delegação portuguesa a ser liderada pela ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.





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