EUA aumentaram para 11 mil milhões de dólares ajuda bilateral contra alterações climáticas



Os Estados Unidos da América anunciaram que, em 2024, aumentaram para 11 mil milhões de dólares o financiamento bilateral para a luta contra as alterações climáticas, poucas horas antes da visita histórica de Joe Biden à Amazónia.

Biden vai tornou-se ontem o primeiro Presidente norte-americano em exercício a visitar a Amazónia, ao estar presente na cidade brasileira de Manaus, no coração da maior floresta tropical do mundo. Joe Biden visita a Amazónia antes de participar na cimeira do G20, marcada para 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro.

“A luta contra a mudança climática tem sido uma causa determinante da liderança e da presidência” Biden, disse a Casa Branca em comunicado.

A Casa Branca acrescentou que os Estados-Unidos tornam-se “o maior financiador bilateral do mundo em matéria de finanças climáticas” ao avançarem com 11 mil milhões de dólares (cerca de 10,4 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual).

Este anúncio acontece durante a COP29, a conferência anual sobre as Nações Unidas, que decorre este ano em Baku, Azerbaijão, onde a disputa principal é sobre quem deve pagar a luta contra as alterações climáticas e a ajuda aos países pobres para as enfrentarem.

A União Europeia continua a ser o maior contribuinte mundial para o financiamento climático.

Cerca de metade de todo o financiamento climático passa por fundos multilaterais co-geridos pelos países em desenvolvimento, segundo o ‘think tank’ ODI Global. A preferência norte-americana pelo financiamento bilateral tem valido críticas aos Estados Unidos.

“Nenhum Estado deve orgulhar-se de ser o maior doador bilateral. É a contribuição total em termos de financiamento climático que conta e os Estados Unidos nunca alcançaram a sua ‘justa parte'”, disse à France Presse Friederike Röder, especialista em financiamento climático, da organização não-governamental Global Citizen.

Em 2022, segundo os últimos dados da OCDE, os países ricos forneceram 116 mil milhões de dólares (cerca de 110 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual) para a ajuda climática, cumprindo o seu compromisso com dois anos de atraso.

Entre outras medidas, Joe Biden anunciará em Manaus que os Estados Unidos duplicarão, para 100 milhões de dólares (cerca de 95 milhões de euros), a sua contribuição para o Fundo Amazónia, um fundo internacional para a protecção desta floresta, segundo o comunicado da Casa Branca.

A visita do Presidente norte-americano, que chegará domingo à noite ao Rio de Janeiro para uma cimeira do G20, é ofuscada pelos receios quanto ao futuro da política ambiental dos Estados Unidos devido ao regresso à Casa Branca de Donald Trump.

Trump retirou os Estados Unidos do Acordo Climático de Paris durante o seu primeiro mandato e avisou que queria fazer o mesmo durante o segundo.





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