Associação ambientalista Zero satisfeita com resultados da COP16



A associação ambientalista Zero manifestou-se hoje satisfeita com os resultados da 16.ª Cimeira da Biodiversidade das Nações Unidas (COP16), na qual os países chegaram a acordo sobre o financiamento da conservação da Natureza.

Em comunicado, a Associação Sistema Terrestre Sustentável considera que a cimeira terminou, na quinta-feira em Roma, Itália, “com um avanço significativo na mobilização de recursos para proteger a biodiversidade global”.

A Zero destaca o acordo para “atingir um financiamento de 200 mil milhões de dólares por ano até 2030, incluindo um aumento progressivo nos fluxos financeiros públicos internacionais de 20 mil milhões de dólares por ano em 2025 para 30 mil milhões até 2030”, acrescentando que o mesmo “inclui a criação de mecanismos financeiros permanentes e a modernização de instrumentos já existentes, garantindo que os países do Sul Global tenham maior representatividade e acesso a esses recursos”.

“A COP16 demonstrou que, apesar dos desafios geopolíticos e da crise climática, o multilateralismo permanece uma ferramenta essencial para enfrentar a crise da biodiversidade”, adianta a associação ambientalista.

Dos resultados realça ainda o reforço dos mecanismos de planeamento, vigilância e acompanhamento dos objetivos e metas definidas, que permitirá uma “avaliação detalhada” dos mesmos e garantirá “transparência e prestação de contas no progresso global”.

Positivo é também o compromisso de considerar formalmente, “pela primeira vez”, as opiniões de “povos indígenas, comunidades locais, setor privado e sociedade civil” na revisão do Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal na COP17, em 2026.

Em relação a Portugal, a Zero declara que “o anúncio por parte da ministra do Ambiente e Energia de que em maio estará em consulta pública a Revisão da Estratégia Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade 2030 é bem-vindo”.

Defende que a revisão “deve ser rigorosa, ambiciosa e com meios de implementação”, apelando ao “investimento originado em empresas portuguesas que é praticamente nulo, bem como do proveniente do Estado Português”.

A reunião que decorreu nos últimos três dias em Roma foi a segunda ronda de negociações da 16.ª Conferência da Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade, depois da primeira, que decorreu de 21 de outubro a 02 de novembro em Cali, na Colômbia, ter sido suspensa por falta de quórum para decidir questões como o financiamento das medidas e a vigilância e acompanhamento das metas definidas.





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