Vila Nova de Cerveira limpa ribeiro de S. Gonçalo para preservar ecossistema local

A Câmara de Vila Nova de Cerveira está a fazer uma intervenção nas margens do ribeiro de S. Gonçalo, numa extensão de quatro hectares, para promover a limpeza e a preservação do ecossistema local, disse hoje a autarquia.
Uma das ações previstas é a execução de faixas de gestão de combustível, com largura aproximada de 10 metros, com o objetivo de remover “plásticos e detritos que possam ter sido arrastados aquando das cheias de 01 de janeiro de 2023”, descreve, em comunicado, aquele município do distrito de Viana do Castelo.
A autarquia espera, assim, garantir “a fluidez do escoamento da água e reduzir o risco de alagamentos durante períodos de chuvas intensas”.
De acordo com a câmara, a limpeza vai também contribuir “para a recuperação da biodiversidade local, proporcionando um ambiente mais saudável para a fauna e flora aquática”.
Espera-se, ainda, a “valorização do espaço público, criando um ambiente mais agradável e acessível à população para atividades de lazer”.
“Enquadrada nas políticas ambientais do município, com foco na sustentabilidade e na proteção dos recursos hídricos essenciais para a comunidade, a presente ação vai ser realizada em várias fases, abrangendo as áreas mais críticas ao longo daquele curso de água”, observa o município.
Para além desta intervenção no imediato, a câmara “compromete-se a manter o acompanhamento e a gestão contínua das margens do Ribeiro S. Gonçalo, garantindo que a limpeza não seja uma ação pontual, mas parte de uma estratégia de conservação a longo prazo”, acrescenta.
A autarquia explica que “todo o capital natural associado à bacia do rio Minho, designadamente o Ribeiro de S. Gonçalo, dotam Vila Nova de Cerveira de serviços de ecossistemas que aportam benefícios para o bem-estar social, mas também para a sustentabilidade da economia”.
Isto, “através de serviços de provisão (agricultura e pesca), da regulação climática e de serviços de suporte à biodiversidade”.
Assim, defende o município, é “fundamental trabalhar a preservação, a recuperação e a valorização partilhada destes recursos com o envolvimento da sociedade civil”.
A intervenção enquadra-se numa operação cofinanciada em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).