Manto lunar contém menos água no lado oculto



Cientistas chineses descobriram que o manto lunar contém menos água no lado oculto do que no lado visível, com base numa análise de basaltos recolhidos pela missão lunar Chang’e-6.

A investigação, que os investigadores descrevem como revolucionária, foi conduzida por uma equipa liderada pelo professor Hu Sen, do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia Chinesa de Ciências, e as descobertas foram publicadas na quarta-feira na revista Nature.

Nas últimas duas décadas, estudos extensivos de amostras lunares do lado visível da Lua demonstraram uma distribuição altamente heterogénea da água no interior da Lua.

Para confirmar as suas hipóteses, a equipa de investigação concentrou-se na análise do conteúdo de água e dos isótopos de hidrogénio dentro dos basaltos em amostras recolhidas e trazidas de volta para a Terra do lado oculto da Lua por aquela missão espacial.

Esta diferença entre os dois lados da Lua aponta para uma possível dicotomia hemisférica na distribuição interna da água no satélite, o que explicaria muitas das características assimétricas observadas na superfície lunar.

Esta nova estimativa do conteúdo em água do manto lunar oculto representa um avanço significativo no refinamento da compreensão do inventário hídrico da Lua, fornecendo restrições importantes à hipótese de grande impacto para a origem da Lua e destacando o papel da água na sua evolução a longo prazo, de acordo com o resumo do trabalho publicado na revista científica.

Este estudo foi realizado em colaboração com a Universidade de Nanquim e apoiado pela Fundação Nacional de Ciências Naturais da China, pelo Programa de Investigação Prioritária Estratégica da Academia Chinesa de Ciências e outras agências financiadoras.

 






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