Projeto da Universidade do Algarve quer proteger património arqueológico das alterações climáticas



A investigadora Célia Gonçalves, do Centro Interdisciplinar de Arqueologia e Evolução do Comportamento Humano (ICArEHB), da Universidade do Algarve, assegurou financiamento de 49,8 mil euros para estudar vulnerabilidade dos sítios arqueológicos aos impactos das alterações climáticas.

Com o nome “Património em Risco: Avaliação dos Impactos Climáticos sobre Sítios Arqueológicos Pré-históricos Costeiros e Ribeirinhos em Portugal” (BLUE HERITAGE), tem como principal foco os contextos pré-históricos localizados em zonas costeiras e ribeirinhas.

Em comunicado, a instituição académica diz que o grande objetivo é apoiar decisores políticos e técnicos na implementação de estratégias de mitigação e adaptação territorial e preencher uma “lacuna crítica” no planeamento e na proteção do património cultural nacional. Para tal, serão desenvolvidos e propostos modelos de risco, protocolos de resposta rápida e também ferramentas digitais de monitorização, “incluindo uma nova aplicação móvel RISCUS – Sistema de Alerta para Património Arqueológico em Risco”.

“Este financiamento representa um passo decisivo para integrar o património arqueológico no debate sobre as alterações climáticas e para garantir que Portugal dispõe de instrumentos técnicos robustos para proteger um legado único e insubstituível”, afirma Célia Gonçalves, citada em nota.

Com execução prevista entre setembro de 2025 e março de 2026, o projeto será desenvolvido em colaboração com parceiros estratégicos, incluindo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR-Algarve) e as câmaras municipais de Loulé, de Vila do Bispo e de Salvaterra de Magos.






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