Trump critica ação climática europeia e elogia energia fóssil

O Presidente norte-americano, Donald Trump, atacou ontem as políticas de combate às alterações climáticas, acusando os países europeus de “destruírem as suas economias” com a aposta nas energias renováveis.
Trump considerou o conceito de “pegada de carbono” uma “fraude inventada com más intenções” e acusou os ambientalistas de quererem “acabar com vacas, indústrias e empregos”.
“Se continuarem nesse caminho, os vossos países vão falhar. É suicídio económico”, disse Trump, dirigindo-se diretamente às delegações da União Europeia.
O líder norte-americano apontou a Alemanha como um bom exemplo, contrariamente a muitos países europeus, por ter recuado nas metas ambientais para reabrir centrais a carvão e a nuclear.
“Os que foram totalmente verdes estão hoje falidos”, denunciou Trump.
O Presidente norte-americano afirmou que o seu Governo está a conseguir diminuir os preços da energia, assegurando que a produção doméstica de combustíveis fósseis transformou o país no “maior exportador mundial”.
“Temos o maior contingente de petróleo e gás do planeta e ainda carvão limpo e bonito. Não precisamos de subsídios nem de ilusões”, explicou Trump.
O líder norte-americano criticou ainda previsões da ONU sobre catástrofes climáticas que “nunca se concretizaram”, classificando-as como “as maiores mentiras da história”.
“Primeiro era o arrefecimento global, depois o aquecimento, agora são as alterações climáticas. (…) É o maior embuste já feito à humanidade”, denunciou Trump.
Na sua intervenção perante a Assembleia Geral da ONU, Trump não se inibiu de fazer numerosos autoelogios, alegando ter transformado Washington D.C., “de capital do crime em cidade segura”, após mobilizar a Guarda Nacional.
Trump enalteceu ainda a preparação dos EUA para eventos internacionais, como o Mundial de 2026 e os Jogos Olímpicos de 2028, e pediu à comunidade internacional que defenda a liberdade religiosa, alegando que “o cristianismo é hoje a religião mais perseguida do planeta”.
Trump anunciou ainda tarifas contra o Brasil, acusando este país de censura e judicialização política.
“Sem os Estados Unidos, o Brasil vai falhar. Já os atingi e vou atingi-los ainda mais”, afirmou Trump, embora tenha afirmado ter tido “boa química” pessoal com o Presidente brasileiro, Lula da Silva.
O Presidente dos EUA terminou com um apelo à preservação da soberania nacional e das tradições culturais.
“A imigração descontrolada e a energia verde suicida estão a matar a Europa. Só países com fronteiras fortes e energia fiável podem voltar a ser grandes”, concluiu Trump.