Pentágono vai reciclar satélites espaciais desactivados



Os satélites espaciais de comunicação desactivados estão a ser desmantelados, de modo a recuperar as suas valiosas e recicláveis peças. O objectivo é permitir a redução dos custos de construção de novos, no âmbito de um recente projecto do departamento de investigação do Pentágono.

Quando os satélites deixam de estar em actividade, certas partes, como antenas e painéis solares, ainda estão muitas vezes funcionais. Mas, actualmente, não existe nenhum esforço para salvar e reutilizar as peças dos satélites, uma vez lançados para o espaço.

A Defence Advanced Research Projects Agency (DARPA) decidiu por isso investir cerca de €136 milhões (R$ 369 milhões) para testar tecnologias que possam tornar isso possível e poupar dinheiro com esta reutilização. “Estamos essencialmente a tentar aumentar o retorno sobre o investimento e encontrar uma forma de mudar a economia, para que possamos reduzir o custo de missões espaciais militares”, disse um porta-voz.

Segundo o Daily Mail, a DARPA já estabeleceu contractos com várias empresas para que desenvolvam novas tecnologias, tendo esta ideia sustentável em mente.

Um teste importante virá em 2016, com o início de uma demonstração que pretende dar nova vida a uma antena proveniente de um satélite desactivado. O grande objectivo é lançar um robot equipado com um conjunto de ferramentas que lhe permita extrair dos satélites usados algumas peças. O plano também prevê o lançamento de mini-satélites para o espaço.

O dispositivo robótico ligaria ainda entre si os mini-satélites e antigas peças de satélites, de modo a criar um novo sistema de comunicação. O conceito pretende, essencialmente, realizar uma cirurgia robótica em gravidade zero.

A DARPA adiantou que uma forma de manter os custos baixos para o projecto será lançando os mini-satélites em foguetes comerciais.

Jonathan McDowell, astrofísico na Universidade de Harvard, disse: “Nas primeiras vezes, o processo sairá definitivamente mais caro do que apenas construir uma nova antena no satélite a partir do zero. Mas a longo prazo pode funcionar”.

McDowell defende que o maior desafio neste momento passa por separar a antena do satélite antigo sem a partir e integrá-la depois com sucesso nos mini-satélites.





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