Cientistas japoneses criam primeiro cedro anti-alérgico
Não ser trata propriamente de uma ironia, mas o primeiro cedro anti-alérgico do mundo, desenvolvido por cientistas japoneses, pode ser prejudicial ao ambiente. Mas vamos aos factos: uma equipa do Forestry and Forest Products Research Institute, do Japão, conseguiu desenvolver o primeiro cedro anti-alérgico, alternado o ADN da planta.
Ainda que esta seja, à partida, uma boa notícia para quem sofre de alergias, a verdade é que alguns especialistas estão a levantar dúvidas em relação ao impacto desta alteração de ADN no ambiente.
De acordo com o Inhabitat, o Japão apresenta altos níveis de alergias na Primavera, sendo que um em cada quatro cidadãos nipónicos sofre de febre dos fenos cada ano. Este ano, com as temperaturas mais elevadas, estes problemas têm sido cada vez mais identificados.
Para minimizar este problema, uma equipa de cientistas liderada por Katsuaki Ishii descobriu uma forma de adaptar as técnicas de re-sequenciação de ADN, desenvolvidas por cientistas norte-americanos para pinheiros, transferindo-as para os cedros.
Agora, a equipa espera começar a plantar esta nova sequenciação por todo o País.
Porquê cedros? Na reconstrução do País no pós-Segunda Guerra Mundial, os cedros foram plantados – uma acção muito bem sucedida. No entanto, os altos níveis de pólen por estes emitido causa problemas de alergias à população, levando, inclusive, ao rápido crescimento do negócio das máscaras faciais, óculos anti-pólen, molas para o nariz, sprays nasais ou purificadores de ar portáteis.
Mas será que a solução está na ciência?
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