Ingestão de bebidas açucaradas mata 180 mil em todo o mundo



Os esforços do mayor de Nova Iorque, Mike Bloomberg, para proibir a venda de bebidas açucaradas de grande tamanho dentro da cidade podem ter sido recebidos com cepticismo por alguns, mas um novo estudo da School of Public Health de Harvard reforça o quão devastadoras para a saúde estas bebidas podem ser.

Olhando para o consumo de bebidas com açúcar em 114 países e correlacionando esses dados com as taxas de mortalidade ligadas à obesidade – mortes resultantes de doenças de coração, diabetes e certos tipos de cancro –, o estudo descobriu que os refrigerantes podem ser responsáveis por mais de 180 mil mortes prematuras por ano em todo o mundo, 25 mil delas só nos Estados Unidos.

Os resultados preliminares do estudo de cinco anos agora apresentados revelam que, entre as 180 mil mortes relacionadas com obesidade, 133 mil delas derivaram de diabetes, 44 mil de doenças cardiovasculares e seis mil de cancro.

Quase três quartos das mortes causadas por bebidas açucaradas ocorrem em países com baixo e médio rendimento, mostrando que este não é um problema apenas dos países ricos. Além disso, estas mortes ocorrem principalmente entre uma população relativamente jovem.

Nos EUA, por exemplo, as taxas de mortalidade neste cenário foram mais altas para jovens adultos com menos de 45 anos, com uma em 10 mortes por obesidade a estarem associadas ao consumo de bebidas ricas em açúcar. Outras nações seguiram um padrão semelhante.

Com a presença de açúcar numa série de bebidas, como refrigerantes, bebidas energéticas ou bebidas desportivas, que compõem a maior fonte de calorias na dieta dos EUA, os autores do estudo acreditam que estas descobertas devem obrigar a uma mudança na legislação, muito para além de simplesmente limitar o tamanho das bebidas vendidas.





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