São Paulo: restaurantes e bares dão brindes aos ciclistas



Um conjunto de restaurantes e bares em São Paulo, no Brasil, está empenhado em encorajar os comportamentos éticos e saudáveis junto dos seus clientes. É por isso que agora recompensa aqueles que se deslocam de bicicleta na cidade – os ciclistas que pararem nos estabelecimentos têm direito a brindes que vão desde descontos a refeições gratuitas.

Quem pedala costuma sempre perder alguma coisa, nem que seja gordura e stress. Mas quem pedala em São Paulo agora também pode ganhar – uma salada grátis, por exemplo. Alguns estabelecimentos da cidade estão a oferecer brindes e descontos a quem chega de bicicleta.

O bairro de Pinheiros, na zona oeste da cidade, concentra a maior parte dos estabelecimentos que oferecem estes mimos aos ciclistas. Desde sumos a refeições, várias são as recompensas para quem é amigo do ambiente.

Os cafés e restaurantes incluídos na iniciativa garantem ainda espaço para o estacionamento dos veículos. Os “paraciclos”, instalados no exterior, são as estruturas de metal que servem para parar as bicicletas. Cada um custa cerca de €136 (R$ 350), sendo que são pagos pelos donos dos estabelecimentos. Os mecanismos são instalados por uma empresa especializada em criar serviços para ciclistas, a Ciclomídia.

“Muitos comerciantes ainda não perceberam que os ciclistas são bons consumidores. Fazer estas promoções, além de oferecer um lugar para deixar a bicicleta, ajuda a cativá-los”, explica o empresário Eduardo Grigoletto, dono da marca.

O restaurante Le Repas, por exemplo, oferece uma salada de folhas frescas e torradas a cada ciclista que ali faça a sua pausa, tanto ao almoço como ao jantar, a qualquer dia da semana. Já o Chácara Santa Cecília oferece um “suco” de 330 ml. A Central das Artes garante 10% de desconto a todos os ciclistas.

Outros estabelecimentos que aderiram à iniciativa são a Doceria Bolo à Toa e o Bar Pirajá, onde se pode receber uma garrafa de água ou um sumo de forma gratuita.

Karen Ferrari, 34 anos, é uma das clientes beneficiárias desta iniciativa cada vez que se desloca de bicicleta. “Já tinha visto isto em Paris e Amesterdão”, diz ela. Renata Barros, 34 anos, também aderiu à ideia: “Só à noite é que venho de carro, porque é mais seguro”.

Apesar de a grande prioridade numa cidade ser garantir vias adequadas para a deslocação dos ciclistas, esta medida ajuda a incentivar o uso e respeito pela bicicleta e a consequente diminuição das emissões de carbono.

É um esforço meritório – iniciativas deste género seriam muito bem-vindas em Portugal.





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