Fraldas do futuro podem ser feitas de dióxido de carbono
Mudar a fralda do bebé pode tornar-se em breve numa tarefa mais limpa para o ambiente – pelo menos no que diz respeito ao fabrico. Isto porque os cientistas descobriram uma forma de desenvolver, de modo sustentável, acrilato – um produto químico presente nas fraldas – usando dióxido de carbono.
O acrilato é um produto químico utilizado para criar o material super absorvente que compõe os tecidos de linhas de poliéster e as fraldas descartáveis. Qual é o inconveniente desta substância? A Live Science explica: “Os polímeros de acrilato são um dos componentes das fraldas que as torna resistentes à degradação em aterros”.
Milhares de milhões de toneladas deste polímero são produzidas todos os anos e, actualmente, ele é feito através do aquecimento do propileno encontrado no petróleo. Mas, usando um ácido forte e dióxido de carbono, o novo processo pode reinventar completamente a forma como são fabricadas as fraldas e deixar uma pegada ecológica bem mais pequena no planeta.
Os cientistas têm vindo a trabalhar, desde a década de 1980, numa forma mais barata e amiga do ambiente de geração de acrilato. Só agora foram capazes de produzir o polímero através da mistura de dióxido de carbono com gás de etileno e um catalisador de metal – em seguida, combinam o composto resultante com um ácido de Lewis.
Segundo o Inhabitots, os investigadores esperam levar este novo método até uma escala industrial, ajustando os seus pontos fortes, os níveis do ácido de Lewis e, possivelmente, encontrando uma fonte renovável de biomassa capaz de fazer o etileno.
Foto: Sob licença Creative Commons