Como o lixo passou a ser uma commodity



A Noruega está a importar o máximo de lixo possível, num esforço para gerar mais energia através da queima de resíduos em grandes incineradores, uma prática extremamente rentável. O lixo tornou-se numa verdadeira commodity.

A Noruega não está sozinha nesta prática – usar lixo para criar energia tornou-se no método preferencial de aproveitamento de lixo na União Europeia, sendo que na Europa já existem 420 fábricas equipadas para fornecer calor e electricidade a mais de 20 milhões de pessoas.

A Alemanha ocupa o topo em termos de importação de lixo, à frente da Suécia, Bélgica e Holanda. Mas é a Noruega que possui a maior parte dos resíduos para energia usada na produção de aquecimento.

O incinerador de resíduos de Oslo foi construído com capacidade extra para atender ao futuro crescimento. Actualmente, a cidade pode receber 410 mil toneladas de resíduos por ano, sendo que 45 mil toneladas são importadas do Reino Unido, revela o The Guardian.

A Europa, como um todo, encaminha por ano 150 milhões de toneladas de lixo para aterros sanitários – existe claramente um grande potencial na criação de energia com todo esse material. Para algumas cidades sai mesmo mais barato entregar o seu lixo à Noruega do que pagar as taxas dos aterros.

Os incineradores só recebem “lixo limpo”, sendo filtrada qualquer partícula que possa ser considerada perigosa. Mas há quem receie que esta prática desencoraje a reciclagem – se é bom queimar o lixo, então é mais fácil simplesmente deitá-lo fora, em vez de o reciclar.

Mesmo assim, a maioria dos moradores de Oslo parece confortável ​​com a ideia da queima de resíduos para criar combustível para aquecimento – 71% da população revela mesmo apoiar esta fonte de energia renovável.

Foto: Sob licença Creative Commons





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