A cortiça algarvia que está na moda (com VÍDEO)
Em 2011, a portuguesa Sandra Correia foi considerada a melhor empresária europeia do ano, um galardão atribuído pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho Europeu das Mulheres Empresárias.
A presidente-executiva da empresa algarvia Pelcor, que então se tornou figura pública, foi reconhecida pelo impulso de renovação e criatividade que deu à indústria da cortiça, sobretudo pela associação desta à indústria da moda e lifestyle, um processo que se iniciou em 2002.
“Comecei a trabalhar nesta área com 23 anos, e apesar de gostar muito da cortiça, sentia-me sempre um pouco de lado, porque era um sector muito masculino. Por isso sempre o quis tornar um pouco mais feminino, para me enquadrar nele”, revelou ao Economia Verde Sandra, que é filha dos proprietários da Pelcor.
O sonho de Sandra e a necessidade que a Pelcor sentiu, na altura, de se reinventar, foram responsáveis pela “inspiração” de transformar a cortiça em objectos de moda. Como um guarda-chuva, o primeiro esboço do que aí vinha.
Hoje, são já dezenas de produtos em cortiça: candeeiros, cortinados, sofás, malas, mochilas, chapéus, cadernos ou carteiras. “São produtos que não são habituais em cortiça”, explica Sandra Correia.
Trabalhando em conjunto com Eduarda Abbondanza, directora da Moda Lisboa, a Pelcor exporta para os Estados Unidos e Médio Oriente, mas é sobretudo em Portugal que os produtos são mais vendidos. Em breve, a empresa chegará à Europa do Norte.
Tradicionalmente, os produtos misturam a cortiça com a pele ou cabedal. Porém, a Pelcor está a inverter esta situação, aliando a cortiça a outros materiais. “Queremos tornar o produto ainda mais natural e ainda mais orgânico”, concluiu a responsável da Pelcor.
Veja o episódio 88 do Economia Verde.