Clonagem pode salvar as árvores mais antigas da Grã-Bretanha
David Milarch, um conservacionista das árvores norte-americano, quer clonar as maiores, mais antigas e ecologicamente importantes árvores do Reino Unido. Ele envolveu-se num projecto de €2,3 milhões (R$ 6,7 milhões) de reprodução de árvores da Grã-Bretanha, que engloba a oferta de dezenas de espécimes a escolas, cidades e proprietários de terras.
Segundo Milarch, estas “super árvores”, que podem ter mil anos de idade ou mais, resistiram à era industrial e a imensas mudanças climáticas, pelo que a sua resistência merece ser replicada.
Os cientistas comprovaram a importância destes seres vivos para a saúde de florestas inteiras, uma vez que elas largam sementes em grandes áreas e podem conter até 25% da biomassa total. Apesar das suas características incríveis, estas árvores compõem menos de 2% de qualquer floresta e estão a desaparecer rapidamente sob a ameaça de novos empreendimentos, para além de secas e doenças.
Mas clonar árvores não é tão simples quanto possa parecer – segundo o Inhabitat, podem ter de ser usadas mil para se obter duas ou três raízes. “Precisávamos de 15 mil tentativas para obter três clones de uma ‘redwood’”, disse Milarch.
Até agora, Milarch e a sua equipa foram capazes de clonar 75 espécies. Ele vai apresentar uma lista das “super árvores” da Grã-Bretanha nas próximas semanas e começar a clonagem ainda neste Verão.
Foto: Carvalho inglês. Sob licença Creative Commons