Jovem de 15 anos cria lanterna alimentada pelo calor da mão
O mais recente avanço na geração de energia termoeléctrica não vem de um laboratório de alta tecnologia, mas sim de Ann Makosinski, uma jovem canadiana de 15 anos que desenvolveu uma lanterna alimentada pelo calor da mão.
Com o objectivo de reduzir o número de pilhas que, depois de usadas de forma muito breve, seguem para os aterros sanitários, Ann desenvolveu uma lanterna inovadora que pode ser concebida de forma barata e dirigida a populações sem acesso a electricidade.
Para criar o aparelho termoeléctrico, Ann utilizou placas Peltier, capazes de produzir electricidade quando aquecidas de um lado e arrefecidas do outro. A lanterna consiste num tubo de alumínio alojado num tubo de PVC, com uma abertura que permite que a mão do utilizador entre em contacto com a estrutura Peltier.
“O meu design é ergonómico, termo dinamicamente eficiente e só precisa de uma diferença de temperatura de cinco graus para trabalhar e produzir até 5,4 mW com 1,5 metros de brilho”, explica a jovem.
As placas Peltier usam o calor da mão humana para alimentar uma lâmpada LED, brilhante o suficiente para ser usada numa lanterna. Dependem do diferencial de temperatura para trabalhar, pelo que a luz se torna mais brilhante quando está frio no local a ser usada.
A jovem Ann encara a sua criação como uma tecnologia que poderia ajudar a evitar o uso desnecessário de pilhas que libertam produtos químicos tóxicos para os solos. Poderia ainda resultar numa fonte de luz barata e renovável para aqueles que não têm acesso a electricidade.
Segundo o Inhabitat, a lanterna termoeléctrica foi recentemente seleccionada como uma dos 15 finalistas da Google Science Fair. O grande vencedor da competição receberá uma bolsa no valor de €39 mil (R$ 113 mil) e uma viagem às Ilhas Galápagos.