Oni poupa €100 mil em centro de dados da última geração (com VÍDEO)



Os centros de dados – ou datacenters – são altamente ineficientes, sendo um dos sectores menos ecológicos da economia digital. Nos últimos anos, todos os principais players do sector, do Facebook ao Google, estão a tentar reduzir a pegada carbónica, investindo – sobretudo – na energia renovável para reduzir a dependência energética e emissões de CO2.

Em Portugal, o cenário é o mesmo, pelo que a inovação no sector é fulcral. Na Oni, o investimento num centro de dados da última geração possibilitou a poupança de €100 mil/ano e o não-envio de 100 toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera.

Inaugurado há quatro anos, o centro de dados emprega 25 pessoas e aloja informações de centenas de empresas. É uma sala de máquinas, junto ao Tejo, a trabalhar 24 horas por dia.

Segundo Miguel Lima, administrador da Oni, a empresa gastava €500 mil/ano em energia, uma factura que foi reduzida em 20% com o novo datacenter.

“Hoje, os computadores são mais pequenos, por isso, no mesmo espaço, há mais computadores, mais calor. E é preciso arrefece-los”, explicou o gestor. Neste centro de dados, as salas têm de ser bem isoladas, e é preciso criar corredores quentes e frios. Não dispersando o calor por toda a sala fica mais barato arrefecer a sala.

O centro de dados usa o chamado freecooling: usar o ar frio para arrefecer a sala sem gastar energia. “Não é possível fazê-lo todos os dias do ano mas, com uma gestão criteriosa, consegue fazer-se durante bastante tempo”, frisa Miguel Lima.

Esta infra-estrutura incorpora também o mais recente conceito para os data centers: a virtualização. “Hoje, o computador tem 2 a 3% de ocupação. Isso significa desperdício. Se virtualizarmos e colocarmos, dentro de um computador, 80 máquinas virtuais, ele ficará nos 100%. E são 80 máquinas que não estão a consumir energia”, continuou o administrador da Oni.

Veja o episódio 98 do Economia Verde.





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