Mães que vivem nas cidades são mais propensas a sofrer depressão pós-parto



Há muitas teorias sobre as razões que levam algumas mulheres a sofrer de depressão pós-parto e outras não, mas até ao momento não existia nenhuma evidência conclusiva que colocasse em maior risco determinadas mulheres. A depressão pós-parto tem sido atribuída à amamentação, a relacionamentos problemáticos, às hormonas, à dieta, à existência de irmãos e muito mais. Agora, pode haver um novo factor em jogo – o local de residência.

Um novo estudo publicado recentemente no Canadian Medical Association Journal nota que viver nas cidades grandes pode tornar as mulheres mais propensas a desenvolver depressão pós-parto. No estudo, as mulheres que viviam numa área urbana tiveram uma maior prevalência de depressão do que as que viviam em áreas rurais, semi-rurais ou semiurbanas. A diferença foi significativa, com uma em cada 10 mães da cidade em risco, em comparação com apenas uma em cada 20 mães no campo.

As diferenças de local de residência eram exclusivas a casos de depressão, pelo que, quando comparada a todos os outros níveis, a depressão não pode ser totalmente explicada por outros factores de risco para além do local onde as mulheres viviam. A investigadora do estudo, Simone Vigod, psiquiatra no Women’s College Hospital, em Toronto, afirmou: “As mulheres nas áreas urbanas de maior dimensão podem estar em maior risco devido ao isolamento social”.

De acordo com os investigadores, programas de prevenção simples – como apanhar um autocarro se o trânsito a stressa em demasia ou procurar mais sistemas de apoio social – podem ajudar a reduzir os índices de depressão pós-parto nas habitantes citadinas. Contudo, todas as futuras ou recém mães precisam de estar cientes dos sintomas da depressão pós-parto.

A melhor cura para este problema é, sem dúvida, a prevenção. Apesar de as causas serem ambíguas, os médicos aconselham as mulheres a terem um forte sistema de apoio local e assistência pré-natal regular, a praticarem exercício regularmente, a procederem ao aleitamento materno, a fazerem uma alimentação saudável e a dormirem bastante.

Se tiver longas crises de tristeza, não fique à espera que essa sensação desapareça – consulte de imediato o seu médico. A depressão pós-parto é 100% curável – quanto mais cedo começar o tratamento, mais depressa poderá começar realmente a desfrutar do seu bebé.





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