Remoção do Costa Concórdia será a mais cara de sempre (com FOTOS)
O Costa Concórdia vai ser finalmente endireitado e removido na próxima segunda-feira, na maior e mais cara operação de salvamento marítima de sempre. Os custos de remoção do cruzeiro, que afundou na costa de Toscana em Janeiro de 2012, aumentaram para mais de €590 milhões (R$ 1,8 mil milhões) – valor que ainda pode subir, se houver problemas nas operações.
A enorme operação vai consistir em puxar o navio para fora do recife onde encalhou. Está prevista para começar na madrugada da próxima segunda-feira, se o tempo o permitir, podendo demorar entre 10 a 12 horas, com a colaboração de 500 pessoas de 24 países.
Foi construída uma plataforma submarina, na qual o navio ficará pousado, com uma série de cabos de aço debaixo de água a segurarem-no na posição vertical. As máquinas vão depois rebocar o navio de 114 mil toneladas, com câmaras subaquáticas a vigilarem a operação.
Os mergulhadores têm bombeado 18 mil toneladas de cimento em sacos para debaixo do navio, de modo a apoiá-lo e impedir que se parta. O maior receio dos ambientalistas é justamente que o navio se parta com a força maciça necessária para o transportar na posição vertical.
O Departamento do Ambiente italiano também destacou o perigo de poluição inerente à operação. A equipa de mergulhadores e trabalhadores tem, durante meses, removido o combustível do navio, mas os produtos químicos e as toxinas de comida e bebidas podres permanecem no seu interior.
Uma certeza existe: assim que se inicie a operação de elevação do navio, não haverá forma de voltar atrás. Nunca foi realizada antes uma operação desta escala e, como tudo o que é pioneiro, existem grandes incertezas associadas. Contudo, os especialistas defendem que a quebra dos destroços é somente uma possibilidade remota – que muito mais provável é a possibilidade de vazamentos. Neste sentido, têm sido postos em prática planos específicos, para o caso de isso acontecer.
Se tudo correr como esperado, o Costa Concórdia será movido muito lentamente da zona onde se encontra encalhado e terminará, finalmente, desmantelado em terra firme.