Ricardo Leandro: “O meu sonho é ser director-executivo da minha start-up”



Quando terminou o curso, em Junho passado, Ricardo Leandro não começou a enviar currículos para as empresas, como todos os outros jovens da sua idade. Ele sonha em criar a sua própria start-up, na área da energia fotovoltaica, e liderar o departamento de inovação de uma grande empresa de energia, por isso tirou uns tempos para desenvolver um projecto que já deu muito que falar.

Conheça melhor Ricardo Leandro, o vencedor da iniciativa Futuro + Sustentável, uma parceria do ISEG e do Green Savers.

Conhecia a pós-graduação em Gestão de Sustentabilidade do IDEFE / ISEG?

Não conhecia. No entanto, a pós-graduação permite complementar a minha formação académica.

Que mais-valia lhe trará este curso?

A pós-graduação permitirá adquirir conhecimentos em gestão, marketing e estratégia, que são essenciais para conferir mais valor aos meus actuais e futuros projectos, tornando-me numa pessoa multidisciplinar. Além disso, vou poder ampliar a minha rede de contactos e aprender com a experiência dos alunos e professores participantes no curso.

Quando acabar este curso, que objectivos gostaria de ver saciados?

O objectivo principal é criar uma start-up e implementar o produto no mercado. Entretanto, também quero participar noutras ideias de negócios, cooperar com empresas na resolução de problemas e colaborar activamente em iniciativas relacionadas com a área do empreendedorismo e inovação.

Pelo seu CV é fácil perceber que leva a formação muito a sério. Porquê?

Quando se trabalha na área da inovação e empreendedorismo há sempre a necessidade de desenvolver continuamente os conhecimentos técnicos e melhorar as competências pessoais. Na mesma linha de pensamento, procuro sempre acrescentar valor ao meu trabalho e adquirir as ferramentas necessárias que me permita ajudar a ultrapassar as barreiras que vão surgindo ao longo do tempo.

Venceu o concurso europeu Energy2B e esteve na segunda fase do prémio EDP Inovação 2013. Estas distinções têm-lhe aberto portas no mundo empresarial?

Eu terminei o curso em Junho de 2013 e, desde então, tenho estado completamente focado e a trabalhar a 100% no projecto que ganhou o concurso Energy2b. Apesar de não ter passado aos oito finalistas do prémio EDP Inovação, pude verificar que ainda tenho muito trabalho pela frente. Decidi, então, não enviar currículos durante este ano e tentar explorar ao máximo o projecto. O único contacto que tenho com o mundo empresarial é através da criação de importantes cooperações para o desenvolvimento do projecto. O apoio demonstrado por estas entidades tem-me motivado bastante.

Onde se vê, profissionalmente, dentro de cinco e quinze anos, respectivamente?

Dentro de cinco anos vejo-me a trabalhar fortemente na start-up, manter a participação activa noutros projectos e desenvolver novas ideias de negócio. Dentro de quinze anos vejo-me a dirigir o sector de inovação de uma empresa na área da energia e ambiente.

De que forma a crise económica tem sido um entrave à entrada da sua geração no mercado de trabalho?

Este assunto é muito delicado e complexo. De uma forma muito resumida, e do meu ponto de vista, penso que a crise económica diminuiu a capacidade das empresas em expandirem o seu negócio, levando a uma diminuição das contratações. Funciona basicamente como uma bola de neve que acumula consequências atrás de consequências. Quando as empresas contratam, os termos que oferecem não se adequam às expectativas dos candidatos, o que origina uma frustração dos mesmos e a um aumento da procura de oportunidades profissionais mais aliciantes fora do país. Com a diminuição das contratações, o grau de competição entre os candidatos é maior, levando a que candidatos tenham que procurar trabalho fora das suas áreas de formação havendo uma subvalorização do seu percurso académico. Concluindo: entendo que a crise económica provoca a estagnação dos mercados das mais diversas áreas e respectiva saturação das suas oportunidades de trabalho.

Em que empresa de sonho gostaria de trabalhar e em que função?

O meu sonho é trabalhar na minha startup como director-executivo. Os valores da startup são de proporcionar produtos inovadores de elevada qualidade ao mercado do solar fotovoltaico e solar térmico e o total compromisso de a equipa estar sempre activa de forma a melhorar o produto e prestar os apoios operacionais necessários.





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