Inglaterra: tartaruga bebé torna-se ameaça à fauna nativa



Uma tartaruga de água doce bebé, vista num canal britânico, está a alarmar os conservacionistas, qua a consideram uma grande ameaça à fauna nativa. Na natureza, estes répteis podem comer rãs, peixes e patos bebés.

O seu habitat natural são os pântanos húmidos e quentes dos Estados Unidos, pelo que as águas britânicas são, por norma, demasiado frias para que as tartarugas se consigam reproduzir. Mas a Canal & River Trust diz que o clima quente deste Verão pode ter proporcionado as condições ideais para que o réptil se multiplique – o que, segundo a associação, pode ser “um desastre” para a vida selvagem.

A jovem tartaruga foi descoberta na semana passada no canal de Regent, perto de Marylebone, no centro de Londres. A associação está a pedir à população que denuncie quaisquer outros avistamentos, de modo a perceber se a espécie se está a reproduzir.

Os locais que tendem a atingir temperaturas mais elevadas durante o clima quente são aqueles em que se torna mais provável encontrar descendência.

“Pode ser uma má notícia para a conservação”, afirmou o ecologista Paul Wilkinson, da Canal & River Trust. “Preocupa-nos que o aumento da temperatura associada à mudança climática possa dar às tartarugas as condições que elas precisam para se reproduzirem, algo que poderia ser um desastre para alguma fauna nativa.”

A popularidade das tartarugas como animais de estimação atingiu o pico durante o final da década de 1980 e início da década de 1990, mas muitas acabaram por ser largadas em rios e canais depois de atingirem grandes dimensões.

A União Europeia proibiu a importação de tartarugas para os estados membros em 1997, justamente devido a preocupações ligadas ao impacto das espécies indígenas na natureza. Estas ainda podem ser mantidas como animais de estimação, mas apenas em cativeiro.

Foto: Sob licença Creative Commons





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