Ingleses optam por renovar as casas, em vez de se mudarem



A maior parte dos britânicos está a optar por melhorar as condições das suas habitações, em vez de se mudarem para casas maiores. O Banco de Inglaterra diz que foram liquidados €18 mil milhões (R$ 54 mil milhões) das dívidas hipotecárias entre Abril e Junho – a maior quantidade em qualquer período de três meses desde que os registos tiveram início em 1970.

Os dados sugerem que os proprietários de habitações estão a optar por investir o seu dinheiro no pagamento das hipotecas, em primeiro lugar, ou por acrescentar valor às propriedades através de uma série de melhorias, como conversões ou extensões das divisões.

Desde 2001 até ao início de 2008, os valores patrimoniais do Banco mostram que a dívida hipotecária esteve sempre a crescer. Isto significa que, nessa época, as pessoas estiveram constantemente a retirar mais dinheiro das suas casas do que a investir nelas. Mas a recessão económica parece ter provocado uma mudança radical nas atitudes, relativamente ao montante da dívida que as pessoas querem ter, sugere a instituição.

Para muitos proprietários, o custo de uma mudança de casa neste momento é proibitivo. Ao mesmo tempo, outros estão a aproveitar as hipotecas mais baratas de sempre para realizarem um “sobre pagamento” das suas, reduzindo assim as taxas de juros. Isto significa que as pessoas optam por pagar mais do que o banco exige mensalmente ou então pagar uma grande quantia uma vez por ano. Os números mostram que muitas pessoas estão a usar o máximo do dinheiro amealhado justamente para este fim.

Clare Francis, especialista em hipotecas do site Moneysupermarket, defende que os proprietários estão “a canalizar o dinheiro de sobra para a sua hipoteca”. E acrescenta: “Os sobre pagamentos regulares vão ajudar a reduzir a quantidade que se deve, a reduzir a quantidade de juros que se vão pagar ao longo do prazo e levar as pessoas a ficarem livres da hipoteca mais cedo”.

Em suma, hoje as pessoas estão a optar por poupar em vez de gastar. “Os proprietários de imóveis estão a ser responsáveis”, defende Henry Pryor, um especialista em habitação independente. “Eles estão a fazer aquilo para que foram orientados – agir com responsabilidade e pagar as suas dívidas.”

Foto: Sob licença Creative Commons





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