Primeiro-ministro britânico diz que criadores de rebanhos devem poder caçar raposas
David Cameron está a apoiar as vozes que defendem o abrandamento da proibição de caça à raposa em Inglaterra e no País de Gales. O primeiro-ministro sente “simpatia” pela visão de cessão da lei que proíbe os agricultores de utilizarem mais de dois cães para afugentarem as raposas das suas tocas.
Este anúncio pode marcar um primeiro passo para a organização de um voto livre de revogação da lei, sendo que todo este processo tem como pano de fundo a recente onda de ataques de raposas a rebanhos de ovelhas.
O secretário do meio ambiente, Owen Paterson, tem recebido pressões para permitir aos agricultores que recorram a mais de dois cães, numa tentativa de protegerem os seus rebanhos de uma população de raposas em ascensão. Deputados defendem que a actual lei tem levado a perdas devastadoras.
“Existe uma questão muito específica em torno do controlo de pragas e do impacto que têm em determinadas comunidades agrícolas”, afirmou um porta-voz de Cameron. “Penso que o primeiro-ministro tem alguma simpatia por estas preocupações.”
O Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais afirma ter evidências de que os rebanhos estão a ser ameaçados por raposas e que pretende considerar uma mudança na lei. De acordo com a lei actual, os agricultores só estão autorizados a usar dois cães para expulsar as raposas das suas tocas antes de dispararem sobre elas.
A caça de raposas foi proibida pelo governo de Tony Blair, em 2004, e tem sido uma fonte de debate entre os deputados e o público. Os apoiantes da mudança defendem que a alteração da lei não seria sinónimo de um regresso à caça tradicional. Mesmo assim, crê-se que não haja apoio suficiente do público para derrubar a proibição total.