Filipinas: cidadãos pagos para ajudar na reconstrução das comunidades

Milhares de cidadãos das Filipinas estão a receber incentivos financeiros para ajudarem na reconstrução das cidades dizimadas pelo furacão Haiyan. Segundo o site Irin, organizações governamentais e não-governamentais estão por trás desta estratégia de recuperação do espaço público, revitalização da economia e, paralelamente, recuperação psicológica da população.
Bernard Morteja, um dos cidadãos que está a ajudar na limpeza das cidades- Tacloban, especificamente -, explicou que recebe cerca de €8,5 (R$ 27) por cada dia de trabalho: “Estou contente. Assim posso ganhar algum dinheiro e ajudar a minha comunidade”, explicou.
De acordo com estimativas iniciativas, a tempestade deixou para trás 1,1 milhões de metros cúbicos de destroços nas cidades, entre pedras, cimento, madeira, metal e, muitas vezes, corpos em decomposição. Mais de três semanas depois da tragédia, os voluntários ainda encontravam corpos debaixo das ruínas.
Os mapas de satélite demonstram a complexidade da situação: cerca de 13,5 quilómetros quadrados foram dizimados e destruídos.
Uma das associações que está responsável para limpeza, a ONG Tzu Chi, está a empregar mais de 20 mil pessoas, que trabalham em conjunto com as autoridades locais.
“Como se pode ver, as ruas estão a ficar mais limpas”, explicou ao Irin uma voluntária, Monica Sy.
Para além da Tzu Chi, também as Nações Unidas e o Governo filipino estão a pagar aos cidadãos para participarem nos trabalhos de recuperação. Milhares de pessoas já estão a participar neste esquema, mas outras centenas deverão começar em breve.
O furacão Haiyan atingiu mais de 14 milhões de pessoas, desalojando 3,5 milhões e mantando cinco mil.
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