Campanhas de reciclagem ajudam AMI a manter dois centros de acção social (com VÍDEO)
Todos os anos, desde 1996, a AMI promove uma recolha de radiografias nas farmácias. A campanha, célebre pelo seu carácter inovador e longevidade, serve para ajudar, depois, os que mais precisam.
“Ao longo de todo o ano recolhemos grandes quantidades de radiografias em armazém – de hospitais a centros de saúde, companhias de seguros, clínicas veterinárias ou direcções regionais de saúde. [Vamos a todas as instituições] que possam ter radiografias armazenadas”, explicou ao Economia Verde Luís Lucas, director de ambiente da AMI.
Uma tonelada de radiografias dá origem a 10 quilos de prata, que depois é vendida a recicladores. O dinheiro servirá para financiar os projectos sociais da associação. Nos últimos dois anos, a AMI decidiu canalizar todos estes fundos para a acção social, em Portugal.
A recolha de radiografias marcou o início do processo ambiental da AMI. Hoje, a associação recolhe de tudo: telemóveis, tinteiros, computadores, ratos, cabos electrónicos ou papel.
Hoje, a AMI associa-se a várias empresas que querem ter uma responsabilidade social activa. A associação permite que as empresas doem, em resíduos, o que já não conseguem doar em dinheiro. Assim, todos ficam a ganhar.
“É uma solução gratuita, fácil, em que as empresas nos contactam, dizem-nos que tipo de resíduos têm e nós próprios recolhemos os resíduos, gratuitamente. Isto é válido para empresas de todos os sectores, incluindo hotelaria e restauração”, explicou o responsável.
A AMI recolhe também óleos alimentares usados, em restaurantes, que são depois usados para desenvolver biodiesel.
Os cidadãos também podem ajudar a AMI – enviando os seus resíduos por correios ou estando atento ao site da associação, que lança, anualmente, dezenas de campanhas públicas.
Todas as acções da AMI ligadas à reciclagem permitem manter em funcionamento dois centros de acção social, em Portugal.