Como a Transportes Sul do Tejo quer melhor condução dos seus motoristas (com VÍDEO)



António Reguengos tem 35 anos e há 13 que conduz os autocarros da Transportes Sul do Tejo (TST). Recentemente, a sua condução foi considerada pouco eficiente, pelo que o motorista terá de a aperfeiçoar no seu percurso diário – cerca de 21 quilómetros.

“[Este projecto é importante] para termos a noção da nossa própria condução – há quem possa ter, inclusive, uma condução um pouco agressiva, mas não se apercebe disso”, explicou António Reguengos ao Economia Verde .

O projecto a que António Reguengos se refere chama-se EcoTST, foi trabalhado durante um ano e arrancou oficialmente em Setembro. O sistema alerta para as acelerações, travagens bruscas e excesso de velocidade e está a ser implementado em 250 viaturas – cerca de metade da frota. Esta informação é depois partilhada, para que os motoristas evitem os mesmos erros.

“O objectivo é aumentar os níveis de segurança dos motoristas e passageiros que são transportados nas nossas viaturas. Queremos ter uma redução do consumo e emissões que vão para a atmosfera”, explicou ao Economia Verde José Perleques, responsável de segurança da TST.

A empresa quer diminuir em 5% o consumo de combustível no próximos dois anos. Hoje, a TST gasta 2 milhões de litros de gasóleo por ano.

Reduzir o número de acidentes rodoviários é outro dos objectivos da empresa.

Segundo Carlos Alcaide, técnico de formação da TST, os motoristas mostraram “alguma resistência” na fase inicial do projecto. No entanto, estes rapidamente perceberam a utilidade do sistema, não só na segurança da sua condução mas na resposta a possíveis reclamações de clientes.

A TST investiu €90 mil neste sistema, mas espera recuperar rapidamente o investimento, quando os seus motoristas incorporarem os conselhos de uma condução mais eficiente.





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