Dez factos sobre o Kakapo (com FOTOS)



O kakapo é um papagaio bastante bizarro que pode ser encontrado exclusivamente na Nova Zelândia, que se assemelha a um periquito gigante. A tradução do nome científico – Strigops habroptilus – é qualquer coisa como “cara de coruja penas macias”. Na verdade, este papagaio possui penas muito macias e uma face com penas nobres, tal como a coruja. O kakapo também é conhecido como papagaio da noite ou papagaio-coruja.

Porém, este animal bastante encantador está à beira da extinção, refere a Wired. Conheça melhor o kakapo e perceba porque é que os neozelandeses estão a encetar esforços para preservar esta ave tão exótica.

1.É o único papagaio do mundo que não voa

Os kakapos não conseguem voar devido à pequena envergadura das asas. Alternativamente, utilizam as penas asas para se equilibrarem e apoiarem.  As penas destes papagaios são muito mais macias que a maioria das outras aves porque não precisam de ser fortes e firmes o suficiente para suportar o voo.

2.Apesar de não voar, desenvolveu outros tipos de locomoção

Embora não consiga voar, esta espécie de papagaio desenvolveu pernas fortes, o que a torna uma excelente andadora e trepadora. Quando estão no solo movimentam-se com uma espécie de marcha, mas também conseguem trepar às árvores, utilizando as asas para se apoiarem e servirem de pára-quedas.

3.Quando ficam assustados paralisam

Uma das defesas deste papagaio é paralisar na presença do perigo ou quando ficam assustados. Ficando imóveis, são facilmente confundíveis com a vegetação do solo. Este truque de defesa funciona com as águias, que utilizam a visão para caçar, mas não funciona tão bem com os mamíferos, já que estes confiam no olfacto para encontrar as presas.

4.São animais nocturnos

Os kakapos ficam empoleirados nas árvores ou aninhados no chão e só se toram activos durante a noite.

5.Têm um bom olfacto

Este papagaio tem o olfacto bastante desenvolvido, que lhe é bastante útil durante a actividade nocturna. O kakapo desenvolveu também um cheiro natural agradável, que ajuda as aves a localizarem-se umas às outras na floresta.

6.São amistosos

Vários povos, como os Maori e os descobridores europeus, tornaram o kakapo num animal de estimação dada a sua afabilidade. Mesmo os kakapos selvagens aproximam-se das pessoas.

7.Estão severamente ameaçados

Os problemas dos kakapos começaram com os Maori e intensificaram-se com a chegada dos europeus. Os dois grupos de colonizadores desflorestaram grandes áreas que eram o habitat dos kakapos e introduziram predadores, como os gatos, ratos e os arminhos, animais contra os quais os kakapos não têm defesas. Em 1980, o Departamento de Conservação da Nova Zelândia implementou um plano de recuperação para estes papagaios, que envolveu a relocação das aves para ilhas livres de predadores, a incubação artificial de ovos e planos de acasalamento. O plano impediu a extinção do kakapo, mas espécie continua fortemente ameaçada. No início de 2012 existam apenas cerca de 126 kakapos em estado selvagem.

8.Têm uma grande longevidade

A vida desta ave neozelandesa decorre a um ritmo lento. Os machos não procriam antes dos quatro anos e as fêmeas antes dos seis. A esperança média de vida ultrapassa os 90 anos.

9.São aves de grande porte

Contrariamente a outras aves que também não voam, o kakapo consegue armazenar grandes quantidades de energia, sob a forma de gordura corporal. É o papagaio mais pesado do mundo: tem cerca de 60 centímetros de altura e pesa entre 2 a 5 quilos.

10.Os machos cortejam as fêmeas com uma canção e dança em grupo

Durante a época de reprodução, os kakapos macho conseguem caminhar até 6,5 quilómetros para alcançarem uma espécie de arena especial onde competem pela atenção das fêmeas. Para atrair as fêmeas, os machos emitem sons altos, de baixa frequência que se podem ouvir a vários quilómetros de distância. Depois de emitirem uma sequência destes sons de baixa frequência, emitem uma sequência de sons agudos metálicos. Os sons podem durar a noite inteira e todas as noites da época de acasalamento, que pode ir de dois a quatro meses.

Fotos:  Darren Scott Photo & Furniture /  belgianchocolate /  mark_whatmough /   belgianchocolate /  jidanchaomian /  Department of Conservation / Creative Commons

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