Janela inteligente desenvolvida na Universidade do Minho olha para Norte da Europa (com VÍDEO)
A Universidade do Minho está a desenvolver uma janela inteligente que reduz o consumo energético dos edifícios em 20% e, paralelamente, transforma os aquecedores eléctricos e ares-condicionados em equipamentos obsoletos.
O projecto está a ser trabalhado no Centro Algoritmi, na Universidade do Minho. “A grande vantagem do sistema é, por um lado, a poupança de energia relativamente a uma janela semelhante. Por outro lado, [podemos] maximizar a ventilação, ou seja, tentar aproveitar ar novo, e com mais oxigénio, e permitir que esse ar entre dentro do edifício, quarto ou sala”, explicou ao Economia Verde José Mendes, responsável pelo projecto Climawin.
O responsável admite que o sistema é complexo, uma vez que ele terá de ser autónomo. “A única fonte de energia é um painel solar, que tem de ser capaz de subir e descer estores, ou abrir as válvulas para deixar passar o ar, alimentar toda a electrónica, uma vez que a janela tem sensores de temperatura que mede a humidade, temperatura no interior e exterior”, continuou José Mendes.
Este é o ponto crítico do projecto, e o que tem, na verdade, atrasado a sua introdução no mercado. Ainda assim, as primeiras encomendas já começaram a chegar. José Mendes diz que o preço da janela será competitivo, e que esta se pagará em três anos.
“Trocar uma janela tradicional por esta traz um acréscimo de custos, por causa da electrónica ou das válvulas. Mas em três anos recuperamos o dinheiro”, continuou. Estes níveis de poupança podem ser medidos online.
O projecto conta ainda com fabricantes da Dinamarca, Alemanha, Irlanda. A janela estará muito em breve no mercado, prevendo-se que seja sobretudo bem-vinda para os consumidores do Norte da Europa.
Foto: Mr Conguito / Creative Commons