Canadá: condutora pede €1 milhão à família do ciclista que atropelou
A família de Sharlene Simon, que há ano e meio atropelou mortalmente um ciclista e feriu outros dois, está a pedir €1 milhão à famílias das vítimas, por alegar que “ficou e continuará em grande dor”, incluindo “um choque severo ao seu sistema”.
“O seu gozo de viver é e continuará a ser menor”, explica o documento, citado pelo Otawa Citizen.
A família de Sharlene Simon vai também processar a cidade de Simcoe, responsável pela manutenção da estrada onde ocorreu o acidente [na foto], a 80 quilómetros da Toronto.
No dia 28 de Outubro de 2012, de madrugada, o SUV de Sharlene Simon bateu por trás em três ciclistas, que pedalavam lado a lado. Brandon Majewskim de 17 anos, morreu na hora. Os seus amigos Richard McLean e Jake Roberts, de 16 anos, ficaram feridos na colisão.
Uma reconstituição do acidente, feita pela polícia de South Simcoe, concluiu que a falta de visibilidade dos ciclistas foi “a principal causa do acidente”. “Aa condutora do carro não viu os ciclistas e, assim, não reagiu”, explica o documento.
O relatório da políica consultou ainda o procurador local, que sugeriu não existir “nenhuma possibilidade plausível de condenação” da mulher.
No entanto, o caso não acabou. O pai de Brandon, Derek Majewski, ficou “sem palavras” quando, esta semana, o seu advogado lhe disse que “o seu filho e os dois amigos estavam a ser processados pela mulher que o matou, porque ela ficou afectada”.
“Normalmente, não reagiria a isto. Mas acho de uma crueldade incrível”, explicou Derek ao Postmedia.
A morte de Brandon afectou a família de uma forma ainda mais trágica. O irmão mais velho do jovem, Devon, não conseguiu ultrapassar o luto e foi encontrado sem vida seis meses depois, com uma combinação de medicamentos e álcool.
A família de Majewski admite que a culpa do acidente é dos jovens, que pedalavam lado a lado e com apenas dois colectes reflectores mínimos. “São miúdos, podem cometer um erro”, explicou o pai de Brandon.
Ainda assim, o advogado dos Majewski queixou-se que a investigação não foi independente, uma vez que um dos investigadores era amigo de Jules Simon, marido de Sharlene.
Outro dado importante mostra que Sharlene circulava a 90 km/h, acima dos 80 km/h de velocidade máxima, e que não lhe terá sido feito nenhum teste do balão.
A família Majewski também está a processar a cidade de Simcoe e os Simon, alegando que Sharlene estava em excesso de velocidade, conduzia embriagada ou estaria a enviar mensagens de texto à data do acidente e que o seu marido permitiu que ela conduzisse o carro quando sabia que el