Morte da vida selvagem pode tornar-nos mais susceptíveis a doenças transportadas por roedores



O que é que os ratos, humanos e leões têm em comum? Todos podem ter um papel na morte do homo sapiens. De acordo com um novo estudo, a diminuição no número das grandes espécies selvagens – como as girafas, zebras, elefantes e leões – pode potenciar o aumento do número de roedores que transportam doenças zoonóticas – doenças que podem ser transmitidas dos animais para os humanos.

Basicamente, com poucos predadores naturais, os roedores têm mais probabilidades de proliferar, assim como mais doenças perigosas e mortais. “A vida selvagem tem estado em declínio desde o pleistoceno, desde a chegada dos primeiros humanos e da interacção dos mesmos com os grandes animais”, afirma Hillary Young, uma das ecologistas que participou no estudo, refere o Dodo. “É um dos maiores impactos que os humanos causam no mundo actualmente”.

Young e a sua equipa de investigadores estiveram no Quénia a realizar várias experiências onde separaram a vida selvagem das suas pastagens naturais e zonas de reprodução. Ao longo de dois anos, a equipa registou as diferenças no número das populações de roedores das zonas de onde foram retirados os grandes animais.

Os cientistas concluíram que, nos locais onde não existiam predadores, o número de roedores e pulgas aumentaram para o dobro, assim como as doenças transportadas. “Neste caso, o que temos é um grupo de agentes patogénicos com origem nos roedores que respondem de forma muito simples à perda da grande vida selvagem”, indica Young.

Foto:  mariposavet / Creative Commons





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