Quercus alerta para riscos da exploração de petróleo no Algarve
A Quercus exige que sejam feitos estudos de impacto ambiental sobre a prospecção de petróleo e gás natural no Algarve, que pode colocar em risco o património natural da região e o turismo. O início da actividade pode começar já em 2014, a apenas oito quilómetros da costa portuguesa, segundo a organização,
Em Outubro de 2011, a Repsol assinou com o Governo de Portugal um contrato para a concessão de direitos de prospecção, pesquisa e produção de petróleo nas áreas designadas por “Lagosta” e “Lagostim”, “áreas marinhas em alto mar em frente ao Parque Natural da Ria Formosa e à Reserva Natural do Sapal de Castro Marim”, refere a associação ambientalista em comunicado.
Em 2012, o Ministério da Agricultura e Pescas, em resposta ao grupo parlamentar do PCP, indicou que a prospecção prevista vai desenvolver-se para além das 12 milhas marítimas e entre os 400 e 600 metros de profundidade, uma área que não é abrangida pela Rede Natura 2000 e Reserva Ecológica Nacional. O Governo indicou ainda que as quantidades previstas não obrigam a uma Avaliação de Impacte Ambiental.
Contudo, a Quercus considera que projectos como este devem ser “muito bem justificados do ponto de vista económico e se os ganhos imediatos daí derivados são relevantes para o país, deve-se compensar potenciais riscos que possam existir”. A associação exige ainda que sejam cumpridas todas as normas legais de protecção ambiental.
Foto: dfp2010 / Creative Commons