35 mil morsas trocam Árctico por Alaska à procura de comida



As focas podem nadar durante dias, mas as morsas não. Depois de apenas um dia à procura de comida nas águas do Árctico, elas espetam os seus dentes nos pedaços de gelo e dormem durante horas – depois, seguem caminho até ao Alaska à procura de comida.

Na verdade, esta situação não ocorre durante todos os períodos do ano. No Inverno, este problema não se coloca. Até há pouco tempo, também os Verões eram pacíficos, mas à medida que as temperaturas sobem nesta estação e os blocos de gelo diminuem, as morsas têm de procurar comida noutros locais.

Há muito que os cientistas suspeitam desta mudança na vida destes animais, mas há cada vez mais provas da realidade. O número de morsas encontradas no Alaska tem vindo a crescer desde 2007 e chegou aos 30 mil em 2011. Nos últimos meses, porém, já subiu novamente, para os 35 mil indivíduos.

“As morsas estão a dizer-nos o que os ursos polares nos disseram e o que muitos povos indígenas nos têm dito no alto Árctico”, explicou à Associated Press (AP) Margaret Williams, directora-geral do programa do World Wildlife Fund para o Árctico. “Todos nos dizem que o ambiente do Árctico está a mudar de forma extremamente rápida e é altura do resto do mundo tomar conhecimento disto e perceber quais as raízes das alterações climáticas”.

Foto: Polar Cruises / Creative Commons





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