Poderá a tecnologia laser salvar os monumentos do mundo?



Quando os Talibã destruíram os Budas de Bamiyan, em 2011, Ben Kacyra e a sua mulher, Barbara, ficaram devastados. Enquanto faziam o luto pela perda de um importante património cultural, o casal apercebeu-se que poderia utilizar a tecnologia que tinha desenvolvido para pelo menos preservar um registo das esculturas.

Kacyra é o fundador da CyArk, onde desenvolveu um sistema de scanner de lasers 3D, que permite registar detalhes arquitectónicos e monumentos. A CyArk é agora uma organização sem fins lucrativos que já registou digitalmente vários lugares e monumentos, como o Monte Rushmore, Pompeia e Rapa Nui.

A preservação feita pela CyArk recorre a um sistema semelhante ao radar que utiliza lasers em vez de ondas rádio para recolher a informação de superfícies. A informação é posteriormente agregada e é criado um modelo virtual do monumento. Quando acabado, o monumento digital pode ser utilizado como uma ferramenta educativa, para estudos aprofundados de um local remoto e para preservar uma réplica 3D em caso de desastre, quer naturais quer induzidos pela espécie humana. Dependendo da acessibilidade do lugar, a scannarização pode demorar entre três a quatro dias ou duas ou mais semanas.

Recentemente, a CyArk lançou o CyArk 500 Challange, um projecto ambicioso para preservar 500 peças ou lugares de património histórico ao longo dos próximos cinco anos. A CyArk convidou membros interessados das comunidades culturais mundiais e vários governos para submeterem lugares que consideram ser dignos de preservar digitalmente, refere o Inhabitat. Todos os projectos seleccionados farão, depois de recriados digitalmente, parte da biblioteca gratuita da CyArk.





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