Suberlyme: a argamassa ecológica tem patente portuguesa



Se não trabalhar na indústria da construção sustentável, então o mais normal é nunca ter ouvido falar no Suberlyme. O Green Savers ajuda-o. O Suberlyme é um produto ecológico novo que pretende responder às exigências do mercado da reabilitação e construção nova, mobiliário urbano e de interiores ou segurança rodoviária.

Com múltiplas aplicações, pode ter a forma de argamassa (para isolamentos, revestimentos e enchimentos) ou modular (peças pré-moldadas), apresentando como características dominantes o facto de ser extremamente leve, apresentar elevada resistência térmica e absorção acústica e alta permeabilidade ao vapor de água. E, além de ser resistente ao fogo e 100% reciclável, a variedade hidrófuga apresenta baixíssima permeabilidade à água no estado líquido.

A Suberlyme foi patenteada por dois portugueses, um deles o eco-arquitecto Pedro Correia. “A Suberlyme é uma argamassa com patente internacional, cujos autores são portugueses”, começou por revelar o responsável na última quinta-feira, durante o congresso LiderA, que se realizou no centro de congressos do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.

Para já, a Comterra – empresa que comercializa a argamassa – está a desenvolver projectos em sete casas um pouco por todo o País, a 780 euros o metro quadrado. “Não requer mão-de-obra especializada, acreditamos que esta é uma grande vantagem”, revelou.

“Tem excelentes características ecológicas e de reciclagem e prevemos que, no futuro, todos os materiais serão assim. Todos os que não tiverem estas características, pura e simplesmente não serão aceites”, explicou Pedro Correia.

De acordo com Pedro Correia, produtos como o Suberlyme são indispensáveis ao futuro da construção sustentável, numa altura em que os edifícios gastam 40% de toda a energia do mundo e são responsáveis por 30% das emissões globais de CO2.

“Em Portugal continuamos a importar energia. E continuamos a desperdiçar grandes quantidades de energia porque os nossos edifícios são mal construídos”, explicou durante o congresso.

Assim, e de acordo com dados de 2006, 60% da energia que se perde, em Portugal, é desperdiçada através de janelas, telhado ou paredes.

O arquitecto defendeu ainda a sustentabilidade dos edifícios como sendo “ a via mais fácil para os países serem energeticamente mais eficientes e reduzirem a sua pegada carbónica”.

Os resultados desta política serão visíveis a olho nú: redução do custo mensal em energia, estímulo da economia através da criação de emprego e a salvaguarda do meio ambiente.

“Não é a Marte que temos de ir, mas fazer mais com menos recursos”, concluiu o responsável.





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