Cetáceo mais raro do mundo vai ser protegido por drones



A vaquita, também conhecida por boto-do-pacífico, é o cetáceo mais pequeno, mais raro e mais ameaçado do mundo – estima-se que existam cerca de 97 exemplares em liberdade. Os estudos mais recentes ao estado de conservação da espécie indicam que a vaquita poderá estar extinta em 2018.

Estes pequenos animais habitam apenas no Golfo da Califórnia e o aumento da utilização de redes de pesca ilegais está a dizimar a sua população. Os pescadores desta zona – tutelada pelo México – utilizam redes com malha cada vez mais apertada para que a pesca seja mais rentável e os pequenos botos acabam por ficar presos nelas e são pescados acidentalmente.

Para proteger os animais, o Governo Mexicano decidiu criar uma equipa de guarda-costas drone, que vai começar a patrulhar em breve o Golfo da Califórnia e reportar a pesca ilegal do cetáceo ou se algum se encontra preso em redes de pesca e necessita de ajuda. A Marinha mexicana está já a testar o equipamento.

“Estamos a considerar o uso de tecnologia avançada porque os drones permitem-nos ter patrulhas aéreas permanentes na área e uma reacção mais rápida e eficiente”, explica Alejandro del Mazo, procurador da agência de protecção ambiental mexicana, cita o Dodo.

Do ar, os drones vão poder monitorizar a pesca ilegal do totoaba – um peixe endémico destas águas mexicanas e considerado “criticamente ameaçado” pela União Internacional para a Conservação da Natureza – e também os pequenos botos.

A implementação dos drones procede o anúncio de um plano de €32 milhões para acabar com a pesca com redes de malha. As autoridades ambientais mexicanas esperam que com as novas medidas de protecção as 25 vaquitas com capacidade de reprodução sejam capazes de gerar novos descendentes nos próximos dois anos.

Foto: saveyourlogo / Creative Commons





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