Como acabar com grande parte da sujidade nos nossos escritórios?
Recentemente, a reputada revista norte-americana Wired investiu €2,5 milhões (R$ 7,9 milhões) numa remodelação dos seus escritórios, situados na cidade de São Francisco, Estados Unidos.
Mas nem todos compreenderam o esforço dos administradores da revista em manter um escritório com estética minimalista e, sobretudo, limpo, o que obrigou o director do título, Scott Dadich, a enviar um email para os jornalistas e outros profissionais.
“É algo embaraçoso: há manchas de café nas paredes e mesas, os caixotes do lixo estão sempre cheios, [vejo] folhas abandonadas com reportagens – cheias de informações confidenciais –, restos de comida com dias e, sim, vou dizê-lo, até bonecos de plástico [nas secretárias]”, escreveu.
O Quartz diz que o email de Dadich é uma surpresa – a Wired é uma das mais conceituadas publicações do mundo, com uma influência reconhecida e que já tem levado vários executivos para o desemprego com as suas notícias. Mas esta deve-se a uma tendência de todo o mundo: almoçar em frente ao computador.
Segundo um estudo da Manpower, cerca de 70% dos trabalhadores norte-americanos almoçam em frente ao seu computador – em 1990, segundo um estudo da Gallup, 50% dos americanos faziam uma pausa de 30 minutos para almoçar fora do local de trabalho, contra 33% nos nossos dias.
Quando esta tendência se conjuga com escritórios sem bar ou cafetaria, o resultado é um local de trabalho extremamente sujo. Segundo o Quartz, Dadich deveria ter pedido aos seus colaboradores, no email, que fizessem uma pausa de, no mínimo, 30 minutos, até por questões de saúde.
Um escritório com menos manchas e restos de comida e colaboradores a fazerem pausas regularmente é, também, um local mais produtivo para trabalhar, segundo o Quartz. E é impossível não concordar com esta teoria.
Foto: Danny Sullivan / Creative Commons