Habitantes de Mafra constroem engenhocas para produção de electricidade



A sustentabilidade energética pode parecer uma preocupação dos novos tempos, mas há mais de 30 anos que Joaquim Carreira decidiu construir um moinho de água no rio próximo de sua casa.

Desde jovem que o técnico de reparação de electrodomésticos demonstra interesse pelas energias renováveis e, nos tempos livres, tem vindo a construir equipamentos artesanais para produção de energia para auto-consumo, como o sistema de aquecimento da sua casa, moinhos eólicos e até um tractor movido a energia solar.

Com um açude antigo e uma comporta mecanizada, instalou um moinho de água, que produz energia suficiente para abastecer a sua residência durante o Inverno. No Verão, devido à pouca força do rio, tem de recorrer à EDP, mas apenas durante um mês, explica em declarações à agência Lusa, citada pelo Público.

Paulo Pitacas, também a residir em Mafra, está a construir, por seu lado, um moinho eólico, alternativo aos painéis solares que instalou para abastecer a casa de madeira que edificou. O antigo fotógrafo de ambiente e vida selvagem, que trocou Lisboa pelo campo, não está ligado à rede de nenhuma forma.

A casa tem uma captação de água subterrânea, telhados inclinados e um circuito de escoamento que permite aproveitar a água da chuva. “Para ter um modo de vida sustentável, as pessoas têm de voltar ao passado, mas aproveitando as tecnologias de ponta”, afirmou Pitacas, que trocou também o automóvel a gasóleo por uma mota eléctrica.





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