Brasil estuda incluir insectos na dieta da população
O governo brasileiro está a debater a legalização da entomofagia, ou seja, a prática de comer insectos, por representar uma oportunidade real de combater o aquecimento global no país e no mundo.De acordo com um estudo da Universidade de Wageningen, na Holanda, a criação de insectos emite menos gases com efeito de estufa do que a pecuária e, além disso, preserva as florestas, uma vez que não é preciso fazer desaparecer árvores para dar lugar a áreas de pastagem.
A investigação polémica teve início depois de Luiz Otávio Pôssas Gonçalves ter pedido ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que reconhecesse a sua companhia de criaçlção e comercialização de insectos como um “estabelecimento produtor de insectos para consumo humano”. A tutela não respondeu ao pedido do empresário, mas pediu-lhe indicações bibliográficas, no sentido de estudar o assunto de forma mais ampla, segundo o Jornal Pequeno online.
Pode parecer bizarro, mas 80% dos países do mundo possuem insectos na sua dieta e 23 dessas nações estão no continente americano, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. A FAO anda também a discutir a possibilidade de incluir insectos na dieta humana, por razões ambientais, de saúde e também porque seria uma óptima alternativa proteica em países em dificuldades agrícolas. No entanto, para que faça a diferença no combate ao aquecimento global, a população teria que trocar a carne bovina e suína pela de gafanhotos, grilos ou larvas de formigas. Você trocaria?