Água dos fontanários é imprópria para beber, alerta Deco



Nenhum fontanário deveria estar disponível sem garantir requisitos mínimos de potabilidade da água, mas a verdade é que 12 dos 35 analisados pela Deco estão a jorrar água imprópria e deviam estar fechados, porque apresentam elevados níveis de chumbo, alumínio e contaminação bacteriológica. O estudo foi publicado na revista Proteste de Julho/Agosto.

Num fontanário de Caneças, Odivelas, a água excede o limite máximo de chumbo e alumínio, e, em Abrantes, é o metal perigoso manganês que rebenta com a escala. Em Almeida, Baião, Beja, Elvas, Loulé, Nisa, Santarém, Santiago do Cacém, Vale de Cambra e Santa Maria de Viseu, a protagonista é a já muito falada e.coli, coliformes fecais que podem provocar febre, diarreia e vómitos.

As câmaras municipais, as juntas de freguesia e as delegações de saúde estão já a par dos resultados das análises e a Deco sugere que liguem os fontanários à rede pública de abastecimento, além da instalação de torneiras com temporizador. “O fecho é a solução limite e, apesar de ser impopular, é mais seguro do que um simples aviso de que a água não é controlada”, afirmou a associação de defesa do consumidor, acrescentando que também é necessário mudar a actual legislação, para se saber, concretamente, quem tem responsabilidade na gestão das fontes e na qualidade da água que fornecem.

A questão não é pacífica, porque os mais críticos avançam que 35 fontanários em milhares existentes é uma amostra reduzida. Os mais preocupados dirão que fornecer apenas o nome das localidades não é suficiente para defender a população, uma vez que existe mais do que uma fonte em cada lugar. No entanto, segundo a Deco e Ambiente Online, o relatório detalhado já terá sido encaminhado para as autoridades competentes, apesar de, sete anos depois do último estudo realizado no mesmo âmbito, os 18 fontanários assinalados com água contaminada nessa altura, continuarem a funcionar actualmente.





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