MUBi lança campanha de promoção da bicicleta



Não é preciso ser um super-herói para usar a bicicleta no dia-a-dia, acredita a MUBi. A associação de ciclistas urbanos lançou a “Rodas de Mudança”, uma nova campanha de divulgação e promoção daquele transporte sustentável. Na página da iniciativa, serão publicadas fotografias de pessoas comuns, que simplesmente escolheram a bicicleta como solução de mobilidade.

“As nossas cidades estão cada vez mais hostis para as pessoas. A invasão de automóveis a que assistimos impassíveis nas últimas décadas tem provocado a extinção dos peões e ciclistas das nossas ruas. Esta gradual esterilização da vida tem muitos efeitos nefastos a vários níveis, como o económico e o social”, declara a MUBi, no seu manifesto.

“O automóvel como meio de transporte individual esgotou por completo as cidades e não é possível nem desejável que o desenho urbano continue a privilegiar as máquinas.Veja-se o exemplo da Avenida da Liberdade que no passado foi o passeio público e que nos últimos anos se tornou um esgoto de tráfego. No entanto, com coragem, sabedoria e persistência esta avenida deveria, sem grandes demoras, evoluir para uma ocupação mais humanizada, como espaço de residência e fruição.

A bicicleta é um regresso ao futuro como um meio de transporte prático e eficaz. Estas características aliadas a outras muito contemporâneas – é um meio de transporte sustentável, saudável e socialmente dinamizador – catapultam a bicicleta como o grande regresso de uma das mais espantosas invenções da humanidade dos últimos séculos – de facto foi votada pelos ouvintes da BBC como a melhor invenção desde 1800.

Por todo o mundo este regresso é visível e celebrado. As cidades estão rapidamente a mudar tendo como prioridade as pessoas e não os carros. Neste paradigma, as bicicletas desempenham um papel fundamental – ajudam a humanizar o trânsito com um “manguito” poético à velocidade. As pessoas passam a ter uma nova relação com a cidade e até consigo próprias, tornam-se mais activas, melhoram a sua condição física e estabelecem mais contactos sociais.

Terão as cidades portuguesas condições para adoptar a bicicleta? Algumas terão melhores condições do que outras, mas regra geral, a resposta é um retumbante, sim! Perante os enormes desafios que teremos que enfrentar nas próximas décadas, só há um caminho a seguir, que é o da transformação das cidades em espaços mais humanos e com claras vantagens para os peões, ciclistas ou utilizadores de transportes públicos”, conclui.






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