Por que razão a tecnologia de captura e armazenamento de carbono vai vingar?
Em Julho de 2014, a Comissão Europeia decidiu financiar o primeiro grande projecto europeu de captura e armazenamento de carbono, um sinal de que a tecnologia veio para ficar e que será importante na transição para a economia verde.
Segundo Humberto Rosa, director para a adaptação e tecnologias de baixo carbono e direcção-geral da Acção Climática da Comissão Europeia, a captura e armazenamento de carbono é uma tecnologia “indispensável” para a “longa mas inevitável transição para uma sociedade não dependente de combustíveis fósseis” e será uma realidade a curto e médio prazo.
“Todos os estudos e modelos indicam um papel relevante desta tecnologia na Europa e no mundo, e ela está comprovadamente madura para aplicação comercial”, explicou em entrevista exclusiva ao Green Savers.
A equipa de Humberto Rosa gera a iniciativa NER300 (New Entrants Reserve 300), que apoia projectos inovadores de energias renováveis e de captura e armazenamento de carbono, através de verbas da venda de licenças de emissão de CO2.
O projecto aprovado em Julho, White Rose, de origem britânica, foi o único de captura e armazenamento de carbono que obteve financiamento do NER300. “Temos muita expectativa de que esse projecto veja a luz do dia tão cedo quanto possível, para plena demonstração da viabilidade desta tecnologia também na Europa”, continuou.
Em Portugal, porém, o cenário está mais atrasado. “Não estou ciente de qualquer plano ou projecto de captura de carbono em Portugal”, confessou Humberto Rosa. Ainda assim, o nosso país obteve financiamento do NER300 para vários projectos inovadores de energias renováveis.
Conheça melhor o projecto White Rosa, que obteve financiamento de €300 milhões por parte da União Europeia.