Antárctida dá prémio internacional a biólogo português (c/vídeo)



José Xavier venceu o Prémio Internacional Martha T. Muse 2011 para a Ciência e Política na Antárctida, pela sua investigação “notável” sobre as dinâmicas entre predador e presa, que sustentam as populações de albatrozes, focas, pinguins e outros grandes predadores no Oceano Antárctico.  Há 12 anos que o cientista português realiza missões ao continente gelado.

O biólogo marinho pisou o solo da Antárctida, pela primeira vez, em 1999, e percebeu que os albatrozes tinham sido afectados pelo ambiente no que toca à busca por alimento. Antes, estes animais ficavam fora dois a três dias e depois voltavam para alimentar as crias. Devido às alterações climáticas, tornou-se mais frequente estarem longe do ninho períodos que chegam aos 15 dias. “Quando regressam, os filhotes já morreram”, explicou o investigador ao Público, numa entrevista em 2007.

José Xavier foi ainda elogiado pelo seu estudo dos cefalópodes (classe de moluscos marinhos a que pertencem polvos, lulas e chocos), transformado em livro, assim como o seu papel no estabelecimento de um programa de investigação Antárctida em Portugal durante o Ano Polar Internacional e no lançamento do LATITUDE 60!, um programa educacional que teve muito êxito.

O prémio, no valor de cem mil dólares (cerca de 70 mil euros), é inspirado na paixão de Martha Muse pela Antárctica e é uma “herança” do Ano Polar 2007/2008. José Xavier junta-se assim à glacióloga norte-americana Helen Fricker, vencedora do ano passado. A iniciativa é apoiada pela Fundação Tinker, explica o artigo da Visão.

Veja uma entrevista realizada ao português em 2006:





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