A história da embalagem: de 8.000 a.C até 2013
Quando o Homem foi confrontado com a necessidade de transportar e armazenar alimentos, há mais de dez mil anos, surgiu o antepassado da embalagem, que era construído com troncos de árvores, conchas, crânios de animais, folhas de árvores ou tecidos.
“É possível que uma das primeiras utilizações da embalagem tenha sido na pré-história, quando o Homem começou a envolver carne crua em folhas de árvore. A necessidade de acondicionar surgiu, fundamentalmente, quando as tribos migravam e precisavam de transportar consigo alimentos e água. Cestos fabricados com raízes, pequenos galhos e caules ou até vasos cerâmicos foram outros antepassados das actuais embalagens”, explica o Protege o que é Bom, o portal da Tetra Pak.
Durante décadas, séculos, milénios, a embalagem não recebeu grandes inovações – ainda que os descobrimentos e as novas rotas marítimas tenham impulsionado o desenvolvimento de embalagens mais resistentes. Assim, saltamos para 1815, quando Napoleão Bonaparte ofereceu um prémio a quem desenvolvesse uma forma de manter os alimentos frescos durante as viagens. Foi nesta altura que surgiram as indústrias de processamento de alimentos e as latas descartáveis.
A Revolução Industrial e a Primeira Guerra Mundial vieram acelerar a tendência de produtos embalados individualmente, mas foi depois da Segunda Guerra Mundial que surgiram novas necessidade de conservação dos alimentos e de prolongar o seu tempo de exposição na prateleira. Ou seja, não foi há muito tempo.
Leia toda a história de embalagem no Protege o que é Bom (parte 1 e parte 2).
“O ano de 1951 mudou para sempre a história das embalagens. Fundada na Suíça pelo Dr. Ruben Rausing, a Tetra Pak introduziu inovações que alteraram a forma como os alimentos são embalados e distribuídos em todo o mundo”, explica o Protege o que é Bom.
Foi também neste ano que foi lançada a embalagem de cartão com um formato tetraédrico – e que chamou a atenção. Era um tipo de embalagem nunca antes vista e que, comparativamente com as outras embalagens, exigia uma quantidade mínima de material, não continha ar e apresentava elevados padrões de higiene. Isto significava a diminuição de custos em material de embalagem, menos consumo de energia e o aumento de vendas. Paralelamente, começaram também a aparecer mais oportunidades de distribuição e maior facilidade de manuseamento.
Em 1961, durante uma conferência de imprensa em Thun, na Suíça, a Tetra Pak apresentou outra inovação – a primeira máquina de enchimento asséptico para obter um leite “livre de bactérias”. A tecnologia asséptica alterou profundamente a distribuição e venda de lacticínios e, mais tarde, toda a indústria de produtos alimentares líquidos de longa duração.
Saiba porque razão os consumidores britânicos ainda não sabem conservar os alimentos.
A evolução continuou e cada vez mais rapidamente. A abertura das grandes superfícies comerciais – supermercados e hipermercados – determinou inúmeras inovações na produção das embalagens. As novas embalagens deveriam permitir que os produtos alimentares fossem transportados dos locais de produção para os centros consumidores, mantendo-se estáveis durante longos períodos.
As embalagens de papel e de papelão responderam a estes requisitos, uma vez que podiam conter quantidades previamente pesadas de vários tipos de produtos, eram fáceis de transportar e empilhar, além de higiénicas.
Este facto revela a importância da evolução da embalagem no contexto do desenvolvimento da sociedade de consumo, já que os consumidores passaram a adquirir os produtos de acordo com a confiança que depositavam na sua aparência, ou seja, nas próprias embalagens.
Recorde as 10 regras para um consumo sustentável.
Actualmente, a embalagem constitui uma importante ferramenta de marketing, tendo vindo a ocupar um lugar de destaque nas relações comerciais entre as empresas e o consumidor. E sê-lo-á cada vez mais, sendo que o seu futuro passará por uma maior sustentabilidade e inovação.
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