Açores: navio que encalhou está cheio de combustível



Os maiores receios vieram a confirmar-se: o navio que no passado sábado encalhou no porto de Santa Madalena do Pico está cheio de combustível, tendo já havido algumas fugas. Autoridades locais e ambientalistas estão preocupados com o possível derrame das cerca de 30 toneladas de combustível.

 Parte do combustível que se encontrava nos tanques já derramou para o oceano, obrigando as autoridades à colocação de barreiras de retenção de poluição e a trabalhos de limpeza. A incerteza mantém-se no local, com a administração do Atlânticoline, a admitir que o “tanque central do “Mestre Simão” estará ainda cheio de combustível”, sendo necessário avançar para um plano de transfega desse combustível. Com esta operação delicada, as autoridades esperam conseguir conter o combustível, a fim de evitar um possível grave problema ambiental.

Preocupados com o impacto que esta situação poderá provocar na biodiversidade local, responsáveis da Quercus lembram que “as matérias contaminantes libertadas em acidentes com navios são normalmente muito poluentes, representando um grande perigo para os ecossistemas, mas também para as populações humanas e actividades económicas desenvolvidas.”

Números avançados por esta associação ambientalista, alertam que “dados de 2016 mostram que foram reportados 141 incidentes de poluição à autoridade Marítima Portuguesa sendo que destes 13 foram intervencionados pelas autoridades”. Uma pergunta impõe-se assim: estará Portugal preparado para lidar com este tipo de acidente ambiental?





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