Adeus alumínio, olá fibras: Tetra Pak entra em nova fase na produção de embalagem sustentável
A camada de alumínio encontrada nas embalagens de cartão para alimentos convencionais, produzidas pela Tetra Pak, vai deixar de existir. A marca entra agora numa nova fase, onde procura substituir este material por uma solução à base de fibras da indústria. Em causa está o impacto que esta barreira tem no ambiente, já que contribuiu para um terço das emissões de gases com efeito de estufa ligadas aos materiais de base utilizados na produção destas embalagens.
Nos últimos 15 meses a marca realizou uma validação tecnológica comercial no Japão, onde utilizou uma solução baseada em polímeros para substituir a camada de alumínio. O estudo ajudou a compreender as implicações da cadeia de valor que surgem ao substituir esta por outra alternativa, assim como a quantificar o impacto desta modificação na redução da pegada de carbono. Os resultados demonstraram que a alternativa fornece uma proteção adequada contra o oxigénio nos sumos naturais, ao mesmo tempo que contribui para o aumento das taxas de reciclagem.
O objetivo da multinacional é conseguir desenvolver uma embalagem asséptica totalmente renovável, reciclável e neutra em carbono.
“Os primeiros resultados sugerem que a embalagem com uma camada à base de fibras oferecerá uma redução substancial de CO2 [dióxido de carbono], quando comparada com as embalagens assépticas tradicionais, bem como um prazo de validade e propriedades de proteção alimentar equivalentes”, afirma Gilles Tisserand, Vice President Climate & Biodiversity da Tetra Pak. “Este conceito tem um potencial claro para efetivar uma economia circular com baixas emissões de carbono.”