ADN das moscas varejeiras revela que animais vivem nas proximidades



A metabarcodificação do ADN derivado de invertebrados (iDNA) de moscas varejeiras é uma ferramenta poderosa e não invasiva que tem valor para avaliar a diversidade de vertebrados.

No entanto, não se conhecem os fatores que influenciam as deteções de vertebrados, tais como os limites espaciais dos sinais de iDNA ou se as deteções são influenciadas pela classe taxonómica ou pela biomassa estimada dos vertebrados de interesse.

Utilizando um método de recolha em massa, investigadores capturaram moscas no interior de um jardim zoológico e ao longo de trajetos que se estendem a 4 km de distância deste local. A partir de 920 moscas, detetaram 28 espécies de vertebrados.

Das 28 espécies detetadas, identificaram nove espécies mantidas no jardim zoológico: oito mamíferos e uma ave, mas nenhum réptil. As deteções de iDNA foram altamente localizadas geograficamente, e apenas alguns animais do jardim zoológico foram detetados fora do ambiente do jardim zoológico.

No entanto, devido ao baixo número de deteções no conjunto de dados, não encontraram qualquer influência do grupo taxonómico ou da biomassa estimada dos animais na sua detetabilidade.

“Os nossos dados sugerem que as deteções de iDNA de moscas varejeiras recolhidas a granel, pelo menos em ambientes urbanos na Austrália, são predominantemente determinadas pela proximidade geográfica do local de amostragem”, sublinham os investigadores.

“Este estudo representa um passo importante na compreensão da forma como as técnicas de iDNA podem ser utilizadas na monitorização da biodiversidade”, concluem.





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