Aliança internacional com 50 países procura proteger 30% da terra e do mar até 2030



Cinquenta países comprometeram-se ontem, 11 de janeiro, a proteger pelo menos 30% da superfície terrestre e marítima até 2030, no âmbito de uma aliança internacional liderada por França, Costa Rica e Reino Unido.

A chamada High Ambition Coalition for People and Nature foi oficialmente lançada durante a celebração em Paris e por videoconferência da One Planet Summit, que reúne esforços em prol da proteção da biodiversidade.

O seu objetivo é ambicioso: segundo o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada, atualmente apenas 15% de toda a área terrestre e 7% da área marinha estão protegidas.

“Hoje, em 2021, é hora de agirmos e comprometermo-nos com estes objetivos de conservação”, disse o presidente latino-americano, lembrando que os oceanos e a terra fornecem serviços essenciais para a vida, como água potável ou ar puro.

A preservação de pelo menos 30%, requer a mobilização e colaboração de governos, organizações e populações indígenas.

Espanha, Chile, Peru ou Canadá são alguns dos países que aderiram a este esforço conjunto.

“É preciso preservar a natureza, mas os esforços de conservação não são suficientes. Precisamos reverter a perda da natureza e para isso devemos produzir e consumir de forma diferente ”, acrescentou a ministra espanhola da Transição Ecológica, Teresa Ribera.

A proteção procurada pode implicar a criação de 650 mil empregos, além de sustentar cerca de 30 milhões de empregos em ecoturismo e pesca sustentável, segundo relatório da consultoria McKinsey citado pela própria aliança.

Embora o lançamento oficial desta aliança tenha ocorrido nesta cimeira parisiense, a Costa Rica e outro pequeno grupo de países promoveram a sua criação em setembro de 2019, na Assembleia Geral das Nações Unidas.

A aliança alcançada considera que este objetivo “30 × 30” contribuirá também para a prevenção de pandemias, uma vez que, segundo os seus dados, a rápida perda de áreas naturais constitui uma ameaça para a saúde e segurança de todas as espécies.

“Sabemos claramente que todas as nossas vulnerabilidades estão interligadas”, disse o presidente francês Emmanuel Macron, para quem a comunidade internacional deve atuar em conjunto e com objetivos concretos e verificáveis.





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