Alterações climáticas podem aumentar as tempestades de raios ultravioleta e a radiação



No que toca à radiação, as grandes preocupações advêm de desastres como Fukushima e Chernobyl. Mas, para a maioria das pessoas, os riscos de radiação reais provêm do sol – e o aquecimento global pode tornar este problema muito pior.

Um estudo publicado este mês revela que uma intensa tempestade de raios ultravioleta, que durou dois anos, fez com que a radiação solar aumentasse em alguma áreas – e a situação vai continuar a piorar à medida que a camada de ozono continua a diminuir.

Os investigadores tentaram estudar condições semelhantes às encontradas em Marte e, como tal, escolheram a cordilheira dos Andes que, surpreendente, é muito marciana. Ao longo de dois anos os cientistas registaram níveis elevados de raios ultravioleta, tão altos como 43 na escala UV, refere o Inhabitat. Durante um dia de Verão, com sol intenso, raramente os índices UV ultrapassam os 10. Como tal, um índice de 40 é um valor extraordinário.

A tempestade de raios ultravioleta, que ocorreu entre 2003 e 2004, foi um pico incomum causado pela diminuição do ozono a partir de uma explosão solar, que provocou ventos intensos, incêndios sazonais e várias tempestades, daí que os níveis UV não sejam tão elevados.

Contudo, as alterações climáticas estão a diminuir a camada de ozono, o que pode provocar tempestades ultravioleta mais intensas – mesmo fora dos Andes e da Antárctida. São necessários mais estudos para determinar a real gravidade do problema e as possíveis ameaças para a vida terrestre, mas os tufões, incêndios e tempestades cada vez mais frequentes e intensas podem ser apenas a ponta do iceberg no que concerne às alterações climáticas.

Foto: rospix / Creative Commons





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