Arranca hoje Cimeira de Cancún, mas principais líderes estão ausentes



Durante as próximas duas semanas, em Cancún, no México, debate-se novamente o futuro do Planeta.

Depois do semi-fracasso de Copenhaga, a Cimeira do Clima mexicana está votada, há vários meses, ao mesmo destino, quer pelas declarações que, no último ano, foram feitas pelos vários responsáveis por este processo climático e, mais recentemente, pela confirmada ausência dos principais líderes mundiais.

“O evento está tão esvaziado que até o presidente [brasileiro] Lula [da Silva], que não tem perdido a oportunidade de se despedir do cenário internacional e foi a grande estrela da última cúpula climática, em Copenhaga, desistiu à última hora de comparecer”, escrevia hoje o jornal brasileiro O Globo.

Se no ano passado participaram na Cimeira do Clima quase 120 chefes de Estado, em Cancún este número não chegará, certamente, aos 30. Barack Obama, uma das grandes estrelas do último COP15, estará também ausente.

Assim, a Cimeira de Cancún está reduzida a dois objectivos principais: avançar as negociações em áreas como o financiamento, o compromisso de transferência de tecnologia ou a forma de abordar a desflorestação, por exemplo, e evitar que este tal “esvaziamento político” da conferência não a deixe desacreditada.

Segundo o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, o principal desafio da Cimeira de Cancún é “reorientar os compromissos positivos do acordo de Copenhaga no contexto da Convenção Quadro das Nações Unidas” para o Clima.

“Parece-nos que é inalcançável chegar a Cancún e fazer um acordo global, juridicamente vinculativo, um novo tratado climático. Tal como acontecia antes de Copenhaga, não está feito o trabalho de casa suficiente para estarmos à boleia de ter um tratado global”, revelou.

Ao todo, estarão reunidos em Cancún representantes de cerca de 200 países. Portugal estará representado por uma delegação de técnicos à qual se juntará, mais tarde, a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, e Humberto Rosa.

O secretário de Estado do Ambiente explicou ainda que, nesta conferência, há um “primeiro assunto que será uma demonstração de boa-fé e boa vontade dos países desenvolvidos, que é demonstrar como estamos a concretizar este nosso financiamento rápido”.

Recorde aqui as declarações de Dulce Pássaro sobre a Cimeira de Cancún. E as de Susana Fonseca, presidente da Quercus.

Acompanhe na Cimeira no site oficial.





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